Edição nº 687 | 20 de setembro de 2024
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Próximo seminário da ABERT é tema de agenda na França
Durante agenda em Paris, na França, ao longo da semana, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, e o diretor geral, Cristiano Lobato Flôres, visitaram os estúdios da RFI (Rádio França Internacional), braço do France Group Media, um dos maiores grupos de rádio da Europa. A rede tem 185 emissoras parceiras no Brasil, que transmitem a programação da RFI em português.
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O encontro na segunda-feira (16) teve como pauta a série de ações setoriais, previstas para 2025, na capital francesa, e que marcarão as relações entre a indústria de mídia do Brasil e da França, além da necessidade de um trabalho conjunto no combate à desinformação. Os dirigentes da ABERT foram recebidos pelo vice-presidente de Distribuição da RFI, Eric Cremer, pelo diretor de Rádio das Américas, Pompeyo Pino, e pelo editor-chefe da Redação Brasileira, Elcio Ramalho.
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Na terça-feira (17), durante visita à Embaixada do Brasil em Paris, Lara Resende e Lobato Flôres falaram da iniciativa de promover um seminário sobre assuntos setoriais de interesse da radiodifusão dos dois países, a exemplo dos realizados em Portugal, Espanha e Estados Unidos. O encarregado de Negócios da Embaixada, ministro Caio Renault, e o conselheiro Cleiton Schenkel elogiaram a ação, que debaterá, entre outros assuntos, a remuneração pelo uso do conteúdo jornalístico pelas gigantes de tecnologia, a chegada da Inteligência Artificial e o panorama da radiodifusão no Brasil e na França.
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Painelistas defendem responsabilização das plataformas por desinformação veiculada
Durante dois dias, líderes empresariais, associações, representantes do setor público e acadêmicos participaram, em São Paulo (SP), da Conferência Ethos 360°, um dos principais eventos ESG do país.
Na quinta-feira (19), o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flôres, foi um dos debatedores do painel “A sociedade e empresas unidas no combate à desinformação”, que contou com a participação da professora Marie Santini, pesquisadora do NetLab/UFRJ, e de Renato Franzini, diretor de Redação do G1. A líder de Projetos e Serviços do Instituto Ethos, Patrícia Garrido, fez a mediação do debate.
“A desinformação sempre existiu, o problema agora é que, com a internet, foram estabelecidos novos modelos de negócios que se sustentam a partir do compartilhamento e engajamento de conteúdos, terreno fértil para a proliferação em larga escala de informações falsas. Vivemos uma era da industrialização da desinformação, cujos efeitos são graves para a nossa democracia, afetando a credibilidade das nossas instituições, dentre elas, a própria imprensa, bem como para a integridade e isonomia do processo eleitoral”, alertou Lobato Flôres.
O diretor geral da ABERT falou ainda sobre os perigos de a desinformação ludibriar o eleitor com o uso, por exemplo, da inteligência artificial (IA).
“A legislação eleitoral previu medidas que proíbem o uso irresponsável da IA e a responsabilidade solidária das plataformas por conteúdos manifestamente inverídicos, com obrigações de remoção imediata. São avanços que precisam ocorrer também no ambiente legislativo e que não estão no campo da liberdade de expressão, mas da responsabilidade empresarial destas plataformas de internet “, pontuou.
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Já Marie Santini apontou dados da pesquisa que mostra como a desinformação está afetando a democracia.
“O importante é mostrar a correlação de dinheiro com a campanha. As resoluções do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda não têm indicativos de muitos avanços e uma campanha mentirosa afeta o processo democrático, com a manipulação dos parlamentares, das pautas, do debate público”, afirmou.
“O ataque à imprensa é a primeira estratégia para chegar à sociedade. E esse ataque é gigantesco no Brasil, tanto para atacar as instituições como para abastecer o ecossistema paralelo da desinformação”, afirmou.
Para a pesquisadora, deve existir “mais prevenção do que tratamento da doença”. “As empresas são atacadas e a reputação é afetada pelo sistema paralelo das mentiras. Existe um ecossistema paralelo que contrata uma série de anúncios com conteúdos falsos. Então, uma das principais ações é falar sobre a desinformação. Não é checar. É falar como funciona essa indústria, como se ganha dinheiro, como o negócio é lucrativo e sem fiscalização”, defendeu.
Renato Franzini falou sobre o programa de checagem do G1 e do aprendizado que a experiência traz diariamente aos jornalistas envolvidos.
“O uso da IA e a criação de atmosferas irreais, o uso de determinada mentira em várias redes diferentes, cada uma com uma versão diferente... A apuração tem que se antecipar às mentiras. Por que checar uma e não outra? Checamos as que estão viralizando mais”, afirmou.
Franzini citou como exemplo as mentiras checadas instantaneamente pela imprensa americana durante o debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Kamala Harris.
“Este é um case. Foram mentiras ‘requentadas’; o importante é que tudo o que é checado esteja correto, é muito importante não errar. O mais difícil é checar o que é novidade”, enfatizou.
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Desoneração da folha de pagamentos é sancionada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a lei que mantém a desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores da economia que mais empregam no país, dentre eles, o de radiodifusão, e de prefeituras com até 156 mil habitantes.
O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (16) e prevê que, em 2024, as empresas desses setores poderão substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.
Entre 2025 e 2027, está previsto um processo de reoneração gradual, com as alíquotas sendo aumentadas em um quarto por ano.
Em 2028, os 17 setores passarão a pagar novamente a contribuição de 20% sobre a folha de pagamento, valor atualmente cobrado das empresas não beneficiadas pela desoneração.
Os vetos presidenciais não afetam os setores beneficiados. A sanção encerra uma negociação de mais de um ano, acompanhada de perto pela ABERT, que não poupará esforços para a manutenção definitiva da desoneração para as empresas de rádio e televisão.
Confira o texto na íntegra AQUI.
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CLICK ABERT
Representantes do Ministério das Comunicações (MCom), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Seja Digital e ABERT se reuniram em um jantar no sábado (14), em Amsterdã (Holanda), onde aconteceu o IBC Show 2024.
Além de um balanço sobre o evento, foram tratados temas regulatórios de interesse do setor de radiodifusão.
Na foto, Rodrigo Gebrim (gerente/Anatel), Max Martinhão (Seja Digital), Flávio Lara Resende (presidente/ABERT), Wilson Wellisch (Secoe/MCom), Cristiano Lobato Flôres (diretor geral/ABERT), Vinicius Caram (conselheiro/Anatel) e Tawfic Awwad (diretor/MCom).
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AMIRT reunirá radiodifusão no Dia Nacional do Rádio
O Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo, localizado em Brumadinho (MG), será palco do Inovamídia, evento promovido pela Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais (SERT-MG), na próxima quarta-feira (25).
O encontro, no Dia Nacional do Rádio, terá como tema “A força do rádio e da televisão em qualquer tempo e plataforma”, com debates sobre a modernização dos veículos de comunicação.
Profissionais de rádio e TV, radiodifusores e lideranças do setor discutirão assuntos como a chegada da TV 3.0, as assimetrias em relação às empresas de tecnologia e a expansão do rádio para múltiplas plataformas.
O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, mediará o painel “O futuro da TV 3.0”, que terá como palestrante o conselheiro da ABERT, Marcelo Bechara.
“O evento promete ser uma oportunidade única para se atualizar sobre as últimas novidades da radiodifusão e fazer networking com agências de publicidade, radiodifusores, jornalistas e outros profissionais do setor de comunicação”, afirma o presidente da AMIRT, Mayrinck Júnior.
As inscrições gratuitas podem ser feitas por meio da plataforma Sympla AQUI.
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Impacto da IA no jornalismo será investigado nos EUA
O impacto da Inteligência Artificial no jornalismo local é pauta de investigação solicitada por um grupo de senadores dos Estados Unidos, liderado por Amy Klobuchar e Elizabeth Warren. Os parlamentares pressionam o Departamento de Justiça (DOJ) e a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA para que investiguem as implicações causadas pelas ferramentas de IA sobre os criadores de conteúdo, incluindo jornalistas.
O objetivo é avaliar se a IA generativa está sendo usada de forma que prejudique a produção de conteúdo original e viole as leis de concorrência. Os senadores argumentam que os novos recursos de IA, introduzidos por gigantes como Google e Meta, reproduzem e resumem conteúdos sem dar atribuição aos autores originais, enfraquecendo o jornalismo local.
Diferentemente dos métodos tradicionais de busca, que direcionam os leitores para os sites de notícias, os resumos de IA mantêm os leitores nas próprias plataformas tecnológicas, resultando em lucros para as big techs e prejuízos para os criadores de conteúdo.
A prática pode configurar concorrência desleal e distorcer o mercado digital, principalmente no setor de publicidade e conteúdo. A carta enviada pelas autoridades pede que as agências de regulação verifiquem se o uso dessas ferramentas de IA constitui uma violação das leis antitruste dos Estados Unidos.
O debate sobre o impacto da IA no setor de mídia tem ganhado força: um estudo recente da BIA Advisory Services aponta que radiodifusores estão perdendo cerca de US$ 2 bilhões por ano devido ao uso não remunerado de seus conteúdos por plataformas como Google e Meta.
*Com informações do Tudoradio
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