Enquanto a transição da tecnologia analógica para a digital não é concluída, as atividades das rádios continuarão a exigir que o serviço de radiodifusão sonora seja o principal usuário do espectro de radiofreqüência, considerou o presidente da Associação Europeia de Rádios (AER) e vice-presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), Alfonso Ruiz de Assin. A declaração foi feita durante o Congresso Anual e Assembleia Geral da AER, em Bruxelas. O encontro, que reuniu radiodifusores de diversos países da Europa, discutiu o setor de rádio comercial no continente, uso do espectro radioelétrico, publicidade, direitos autorais e convivência entre rádios públicas e privadas.
De acordo com Assin, a transição do padrão analógico para o digital exige um processo lento e de grandes investimentos, “mas haverá uma proposta viável para todos”, declarou. Ele defendeu ainda que o “apagão” analógico só deverá ser feito quando o sinal digital tiver alcançado toda a população. “As autoridades só poderão autorizar isso quando a radiodifusão digital terrestre tiver a certeza de alcançar toda a população, em casa, no trabalho ou em movimento”, disse.
Em seu discurso sobre o futuro do rádio, a vice-presidenta da Comissão Europeia para a Agenda Digital, Neelie Kroes declarou que não há uma única maneira para o setor de rádio avançar. “A rádio, obviamente, pode ser emitida desde uma ampla variedade de plataformas e seus programas podem ser ricos e variados”, afirmou. “Não é tarefa nossa, em Bruxelas, dispor sobre o caminho e a maneira como essa transição deve suceder, nesse setor tão diverso”, disse Kroes.
A AER representa mais de 4,5 mil estações de rádios comerciais na Europa e a AIR, mais de 17 mil emissoras de rádio e de TV nas Américas, na Ásia e na Europa.
Assessoria de Comunicação da Abert