Novas tecnologias criam diversos desafios para os meios tradicionais. Além da adaptação às tendências – o que não é tarefa fácil –, é preciso entender o comportamento da população e como é o consumo das informações nas novas plataformas. Com esse intuito, a pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro, realizada pela Advice Comunicação Corporativa em parceria com a BonusQuest, estudou os hábitos de consumo das notícias nas redes sociais e identificou que 78% dos brasileiros usam as redes sociais como fonte de informação e 42% já compartilharam notícias falsas.
O Facebook é a mídia social mais usada pelos brasileiros (60%). Em seguida, está o Whatsapp (10%), o Twitter (4%) e o Linkedin (2%). De acordo com a pesquisa, apenas 39% dos brasileiros afirmam ter o hábito de checar a fonte da informação. Apesar de as pessoas estarem cientes da existência de notícias falsas, ainda assim, o compartilhamento de informações inverídicas acontece numa escala preocupante.
O diretor geral da ABERT, Luis Roberto Antonik, destaca que o setor de radiodifusão precisa estar atento para desmascarar as notícias sem veracidade:
“Combater notícias fabricadas é um trabalho muito difícil, mas também é uma necessidade. No mundo inteiro, esse é um problema monstruoso. O que é publicado nas redes sociais tem influência muito grande, com repercussão instantânea. Como nada se compara à penetração que o rádio e a TV têm na sociedade, a responsabilidade do setor para combater esse tipo de notícia é imensa”, afirma Antonik.
Apesar de muito utilizadas, as mídias sociais foram apontadas como as que têm menor índice de credibilidade. Somente 6% dos entrevistados disseram confiar totalmente no que é publicado nas redes. Outros 26% confiam parcialmente e 11% desconfiam totalmente.
A pesquisa foi realizada em novembro deste ano, com mais de mil pessoas em todo o Brasil.
Notícias falsas geram confusão
Nos Estados Unidos, a maior reclamação vem da própria população norte-americana. Um estudo realizado este mês pela Pew Research Center mostra que cerca de dois em cada três adultos dos EUA afirmam que as informações falsas causam muita confusão sobre os fatos da atualidade.
A maioria dos americanos também disse estar pouco confiante em relação à sua própria capacidade de identificar uma notícia sem veracidade.