O Brasil está entre os países que menos desconfiam da mídia. A conclusão está no levantamento organizado pela Statista, empresa alemã de estatística e dados de mercado, que pesquisou o nível de desconfiança em relação à mídia tradicional em 38 países.
Apenas 14% dos entrevistados brasileiros afirmaram não confiar na mídia tradicional, o que coloca o Brasil entre os países com desconfiança moderada, comparável a países como Canadá e Alemanha (ambos com 15% de desconfiança). Em relação a outros países, este percentual demonstra confiança relativamente estável.
Em países como Hungria, Grécia e Sérvia, os índices de desconfiança variam de 27% a 41%. De acordo com a Statisa, a alta taxa está atrelada ao aumento da “cultura de violência de mídia” e ao desrespeito pela ética jornalística em muitos veículos. Os menores níveis estão na China (10%), Finlândia (8%) e Japão (6%).
Entre os países com maiores economias em 2024, 16% dos participantes da pesquisa no Reino Unido e 18% dos entrevistados na Índia disseram não confiar na mídia. Nos Estados Unidos, a desconfiança foi de 20%, enquanto na França, foi de 21%. Essas variações, de acordo com a pesquisa, destacam como a confiança na mídia é influenciada por contextos regionais e culturais específicos.
O crescimento da desinformação e das fake news nas redes sociais, que contaminou a percepção dos meios de comunicação tradicionais, é apontado como fator responsável para a queda na confiança nas instituições de mídia nos últimos anos.
No Brasil, a ABERT, em parceria com a ANER (Associação Nacional de Editores de Revistas), ANJ (Associação Nacional de Jornais), Instituto Palavra Aberta, Projeto Comprova, e apoio do STF e Alright, tem divulgado a campanha “O nosso lado é o da informação”, com o objetivo de combater as notícias falsas e estimular o público a verificar as mensagens antes de repassá-las.
*Com informações Tudo Rádio