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    Exercício da profissão jornalística na América é “perigosa demais”, afirma Coleman

     

     O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Milton Coleman,  disse que o exercício da profissão jornalística continua sendo “perigosa demais” no continente americano. A afirmação ocorreu durante a abertura da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que ocorreu em São Paulo. Coleman reiterou que a liberdade de imprensa registrou avanços, mas também retrocessos.

     

    "Os governos fazendo tudo o que podem para amordaçar esta importante parte da democracia", opinou Coleman.

     

    O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Gustavo Mohme, também concordou com o presidente. Segundo ele o continente americano vive uma "situação complicada". “Aconteceram notáveis avanços em matéria de liberdade em alguns países, mas também foram registrados casos que a liberdade de imprensa é cerceada”, disse Gustavo Mohme.

     

    Durante a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) foram apresentados alguns relatórios sobre violência contra jornalistas.

     

    O relatório brasileiro, apresentado pela ex-presidente da Associação nacional de Jornnais (ANJ), Judith Brito, informa que no período de 26 de março a 7 de outubro deste ano, 28 casos foram reportados no país: dois assassinatos, 13 agressões, cinco ameaças e oito censuras judiciais.

     

    No México, o documento assinala que a violência e a impunidade contra os jornalistas  permanecem como as principais "preocupações" da imprensa do país.

    O texto ainda reflete que, além da "reiterada violência e da impunidade", o fracasso das leis para a proteção de jornalistas virou motivo de preocupação.

     

    No período de análise do relatório, que é semestral, seis jornalistas foram assassinados e outros três estão desaparecidos. Além disso, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) cifrou em 82 o número de profissionais mortos desde 2000.

     

    A análise dedicada à Argentina também não é encorajadora e a Comissão denunciou que no país, "a imprensa enfrentou um clima crescentemente hostil durante o último semestre". O documento acrescenta que "resoluções governamentais, manobras judiciais, declarações agravantes e amedrontadoras de funcionários públicos, medidas contra meios de imprensa e ameaças, configuram um cenário obscuro para o exercício do jornalismo e do direito que todo cidadão tem de se expressar livremente".

     

    A 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) termina nesta terça-feira, 16. O evento conta com a participação de mais de 600 pessoas - entre jornalistas, políticos, pesquisadores e empresários de comunicação.

     

    Foto: Ricardo Godoy

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