A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia toda e qualquer forma de intimidação ou ato de violência contra os profissionais da imprensa.
Nesta sexta-feira (4), manifestantes arrancaram e quebraram a câmera da repórter da TV Globo, Mayara Teixeira. Também os repórteres Renato Biazzi e David Irikura sofreram empurrões durante a cobertura do depoimento do ex-presidente Lula à Polícia Federal, em Congonhas.
O repórter Juliano Dip e o cinegrafista Gabriel Shinjimax, da Band TV, foram empurrados contra a parede, ameaçados com um pedaço de pau e tiveram a câmera quebrada por manifestantes, momentos antes de uma entrada ao vivo. A equipe teve que ser retirada do tumulto com escolta da Polícia Militar.
Além das agressões físicas aos jornalistas, o carro da equipe do repórter da TV Globo, André Azeredo, foi recebido a pontapés na sede do PT em São Paulo e a repórter Bruna Vieira foi fortemente hostilizada durante a cobertura jornalística.
A ABERT considera extremamente preocupante a repetição de ataques aos jornalistas no exercício da profissão. É inaceitável que a imprensa seja impedida de atuar na cobertura de fatos de interesse da sociedade.
A ABERT pede às autoridades a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis.
DANIEL PIMENTEL SLAVIERO
Presidente
A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa 3,6 mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas.