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    Parlamento – Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

    Em entrevista exclusiva à  Rádio ABERT, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) falou do momento político brasileiro. Para ele, "a atual situação é bem difícil" e o Brasil precisa de uma reforma política. O deputado foi recebido, nesta quinta-feira (1º)  pela diretoria da ABERT, conselheiros e diretores de entidades ligadas à Comunicação.

    Leia os principais trechos da entrevista.

    Como deputado no oitavo mandato, qual sua avaliação sobre a crise política e econômica brasileira?

    Já vivi outras semelhantes, como a crise econômica no final do mandato do presidente José Sarney, a crise institucional no impeachment do presidente Collor, o mensalão na época do presidente Lula, entre outras. Mas reconheço que o momento atual é bem difícil. O governo tenta desesperadamente sair dessa confusão, mas toda vez que “fecha um buraco” se mete em outra confusão, então a situação é grave.  A Câmara está fazendo o seu trabalho, votando projetos e temas importantes e assim vamos dando sobrevida ao governo.

    Deputado, qual sua posição sobre as reformas estruturais propostas para o país, como a da previdência e a trabalhista?

    Pessoalmente, sou contrário à Reforma da Previdência, apesar de o meu partido ser base do governo. Essa reforma é necessária, mas não do jeito que o governo quer atualmente. Haverá muita discussão ainda.  A Reforma Trabalhista está no Senado, nós na Câmara já aprovamos e ela é importante para o país. Sobre a Reforma Política, ela é essencial para o país. Um dos pontos principais dessa reforma é a chamada cláusula de barreira para restringir a criação de partidos políticos e criar um índice de desempenho de votos para que o partido possa ter tempo na TV e acesso ao Fundo Partidário. Sem uma mudança nas regras eleitorais, continuaremos elegendo pessoas sem capacidade para exercer a função de parlamentar.

    O senhor é um ferrenho defensor dos idosos. O Estatuto do Idoso completa 14 anos em 2017, é preciso atualizá-lo?

    Nós precisamos cobrar da sociedade um pouco mais de respeito com o idoso e com o Estatuto do Idoso. Na semana passada, encontrei um jovem parando o carro na vaga de idoso. Fui falar com ele e fui xingado. Outra falta de respeito com o idoso é praticado por empresas de ônibus. O acesso de idosos à gratuidade ou ao desconto de, no mínimo, 50% no valor das passagens interestaduais (ônibus, trens ou barcos) é um direito garantido pelo Estatuto do Idoso. Pela legislação, no sistema de transporte coletivo interestadual, as empresas devem reservar duas vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. As duas leis infelizmente não são cumpridas. Acredito que não precisamos atualizar o Estatuto, mas sim, cumpri-lo.

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