Os jovens estão mudando seus hábitos, com o acesso à internet e às novas tecnologias. A mudança de comportamento justificaria o fato de os jovens ouvirem menos o rádio pelo aparelho tradicional. Eles passaram a sintonizar o rádio no celular, no carro e até na internet.
De acordo com pesquisa realizada pelo Núcleo de Tendências e Pesquisa da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS), 3,2% dos jovens entrevistados escutam rádio.
O resultado, segundo o professor da Famecos, Luciano Klöckner, é o retrato da mudança de hábitos da geração. “Muitas vezes, os jovens não percebem que estão ouvindo rádio”.
O acadêmico aponta que as novas plataformas de transmissão ajudam a fortalecer o meio. A internet surge nesse cenário como uma maneira de segmentar conteúdo. “Com a tecnologia, o jovem não consegue focar em um único objetivo”, explica o professor.
Os dados revelam o comportamento e os interesses de jovens de 18 a 34 anos. A região norte do Rio Grande do Sul é o local com mais incidência, chegando a 4%. O sudeste e o centro-oeste apresentam os menores índices, totalizando 2,7%. No sul do estado, 3,2% dos jovens declararam que acompanham o meio radiofônico.
Luciano Klöckner acredita que a questão principal sobre a permanência do rádio como um dos veículos tradicionais está relacionada ao comercial e alerta para a criação de uma programação específica também para a terceira idade.
“O rádio vive um momento de transição. Além dos jovens, os idosos devem ter uma programação especial, uma vez que eles pertencem à faixa etária que mais cresce no Brasil”, destaca.
De acordo com a Abert, 8% da população brasileira escuta rádio pelo celular e a criação de aplicativos busca facilitar a estabilização do meio de comunicação entre os jovens.