Após adiar o desligamento da televisão analógica em Rio Verde (GO), o Ministério das Comunicações deve divulgar, ainda no mês de janeiro, um novo cronograma para o switch off nas cidades brasileiras.
No município goiano, escolhido como cidade-piloto, a chegada do sinal digital estava prevista para 29 de novembro, mas teve que ser adiada para 15 de fevereiro.
Em 2016, o desligamento provavelmente ocorrerá também em Brasília e nos 11 municípios do entorno da capital federal pertencentes a Goiás e Minas Gerais. Com as alterações do MiniCom, as capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, previstas no calendário original, ficarão de fora.
Além das Olimpíadas e das dificuldades para atingir a meta de 93% dos domicílios aptos a receber o sinal digital, as eleições municipais de 2016 também se tornaram um bom motivo para as mudanças, com a retirada das cidades do cronograma.
Brasília permanece porque não há eleição municipal e o switch off na capital, previsto para acontecer em abril deste ano, será adiado para outubro, após a realização dos Jogos Olímpicos.
Em entrevista à Rádio Nacional, o ministro André Figueiredo disse que a partir desse desligamento, o governo poderá garantir a previsão de desligamento total até 2018.
O novo calendário deve ser elaborado levando em conta os recursos disponíveis para a digitalização, a necessidade de entrega da frequência adquirida pelas empresas de telecomunicações na data combinada e a capacidade de recepção do sinal digital pela porcentagem mínima, determinada pelo MiniCom, de residências aptas a receber a programação.
Com o atraso no desligamento em Rio Verde, o governo decidiu realizar algumas alterações para atingir o percentual de 93%. A distribuição de um conversor mais barato, novos critérios de aferição das pesquisas e mudanças na forma de comunicação para alcançar a população brasileira estão entre as novidades.
Além disso, os radiodifusores aceitaram abrir mão da margem de erro da pesquisa. Assim, o sinal poderá ser desligado com 90% e os domicílios exclusivamente atendidos com TV a cabo, além daqueles com cabo digital que tenham um segundo aparelho apto a receber a TV aberta digital, serão considerados aptos.
A possibilidade de distribuição do conversor para além dos beneficiários do Bolsa Família também será avaliada, mas nesse caso o set top box será simples, sem o Ginga, que garante a interatividade.
As propostas devem partir do Gired, o grupo responsável pelo desligamento da TV analógica aberta e implantação da TV digital (HDTV) no Brasil, e ainda não há data prevista para a definição, que será determinada após a experiência em Rio Verde.