Como o rádio sobreviveu nos anos 1920?
Nos Estados Unidos, anúncios foram a solução, e, na Europa, a estatização, com taxas ao ouvinte impostas por lei. Já no Brasil, grupos privados tinham o compromisso de difundir cultura aliada a entretenimento e informação, em clubes e sociedades radiofônicas. Com o veto à publicidade paga, as contribuições eram insuficientes para as produções.
No 1º Congresso Nacional de Comunicação (1971), o radialista Hélio Thys contou: “entrava como sócio contribuinte quem quisesse fazê-lo por livre e espontânea vontade. Muitos se inscreviam, mas não pagavam”. O presidente Getúlio Vargas (foto) então liberou a publicidade paga, com o decreto-lei 21.111, de 1932.
Também foram regulamentados os serviços de radiocomunicações, incluindo a radiodifusão de forma completa.
A medida deu sobrevida ao rádio e uma guinada em seu processo de expansão, criando maior estrutura. Os comerciais ocuparam até 10% das atrações, com anúncios de 30 segundos. Nascia a “Era do Rádio”.