O rádio foi primordial na carreira de um dos maiores comunicadores do país: Silvio Santos. Ele nasceu Senor Abravanel, no Rio de Janeiro, em 1930, e desde cedo se apaixonou pelos programas de auditório de rádio. Onde tinha algum show ou gincana, lá estava o garoto.
Chegou a ser considerado “hors concours” nas competições, vencendo uma atrás da outra. Ir aos estúdios fazia parte da rotina daquele camelô, vendedor de canetas no centro carioca.
Em 1948, ingressou na radiodifusão. Após um ano na Rádio Guanabara, foi para o “Programa do Guri”, da Rádio Mauá. Passou ainda pelas rádios Tupi e Continental. Conheceu Fernando de Nóbrega, que entregou uma carta de recomendação a ser apresentada ao irmão, Manoel, em São Paulo. A inteligência do rapaz chamou a atenção e veio o convite para o “Programa Manoel de Nóbrega”, na Rádio Nacional SP. Era 1954 e por dez anos lá esteve o “peru que fala”, apelido de Silvio.
Ficou na emissora até 1977, onde fez outras atrações como “Nasceu Premiado”, “Galera do Nelson”, “Segunda às Vinte” e “Ronda dos Bairros”.
Em 1955, ingressou na TV Paulista – emissora que também pertencia à Organização Victor Costa, assim como a Nacional – e em 1960 teve seu primeiro programa solo: “Vamos Brincar de Forca?”.
Desde 1964, mantinha no ar o seu “Programa Silvio Santos”, que posteriormente seguiu para a Rádio Record.
Do rádio, migrou totalmente para a TV, com os vários empreendimentos, como o “Baú da Felicidade”. Foi sócio da Record, dono da TVS-Rio e, em 1981, criou o SBT. Trabalhou com inúmeros colegas do seu tempo de rádio, como Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Raul Gil, Hebe Camargo, Moacyr Franco e Canarinho. Dos microfones às câmeras, Silvio Santos sempre demonstrou sua paixão pela radiodifusão.