O início do rádio no Amazonas, em 1926, veio do entusiasmo do então governador Ephigênio de Salles (foto). Entusiasta das inovações tecnológicas, Salles inicialmente expandiu a rede telegráfica do estado com a Amazon Telegraph, que abrigava uma estação de ondas curta. Às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 21h, a “Voz de Manaós” transmitia, por uma hora, informações importantes sobre o comércio de borracha e castanhas e uma programação com artistas locais, em sua maioria seresteiros. Com o término do mandato de Salles, em 1929, a “Voz de Manaós” saiu do ar.
Apenas em 7 de setembro de 1938, a primeira estação de rádio do Amazonas, a PQM3 Voz da Bariceia, estreou. Mantida pelo técnico e telegrafista Lizardo Rodrigues, a futura PRF-6 teve vários donos, como Álvaro Maia, Gebes Medeiros, Assis Chateaubriand – que em 1943 a transformou em Rádio Baré, administrada por Josué Cláudio de Souza – e Guilherme Aluízio de Oliveira Silva. Foi ainda propriedade do Jornal do Commercio por 30 anos.
A Baré também fez parte do Sistema Globo de Rádio e chegou a ser CBN Amazônia, de Philippe Daou, proprietário da Rede Amazônica.
Em 2016, a rádio migrou para o 95,7 FM. Dois anos depois, foi provisoriamente Rádio da Assembleia Legislativa (ALEAM), tornando-se, posteriormente, Rádio Diário, de Cyro Anunciação.
Quem poderia imaginar que aquela apresentação de uma hora da “Voz de Manaós” daria origem a uma história hoje representada por dezenas de emissoras amazonenses e centenas de horas diárias de programação?