Dono de um estilo inconfundível, a voz grave, cavernosa e com cadência singular era marca registrada de Gil Gomes. Antes do “Aqui Agora” na TV, ele já era grande nome no rádio, um dos principais repórteres policiais, assim como Afanasio Jazadji, João Bussab e Beija-Flor.
Fascinado por suspense no rádio, Cândido Gil Gomes (1940-2018) adotou a fórmula para suas narrações nas crônicas policiais.
Ao imitar os locutores esportivos, conseguiu corrigir a gagueira. Começou como locutor de quermesses. Aos 18 anos, chamou a atenção numa festa, quando foi convidado para ser locutor esportivo da Rádio Progresso. Passou depois por várias estações, consolidando sua carreira na Rádio Marconi, onde chegou à chefia do jornalismo. Em 1968, ao saber de uma agressão sexual contra uma mulher, no edifício da emissora, Gil Gomes entrou ao vivo fazendo a denúncia. Nascia aí o repórter policial.
Passou depois por diversas rádios, como Tupi e Nacional / Globo. Na TV, fez sucesso nos programas policiais da Tupi e do SBT. Passou também pela Record, Rede TV! e Gazeta. Uma trajetória que fez o público viajar com suas histórias realistas e de suspense.