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    2014 começa com quatro profissionais de imprensa assassinados

    O ano de 2014 começou sombrio para a liberdade de imprensa no país. Em menos de dois meses, quatro jornalistas foram assassinados. Esse número supera a média do ano passado, quando foram registrados seis crimes contra profissionais de imprensa.

    O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, foi atingido por um rojão no dia 6 de fevereiro, enquanto cobria as manifestações contra o aumento da passagem de ônibus, na cidade do Rio de Janeiro. Após quatro dias internado, o cinegrafista teve morte cerebral.

    Na terça-feira, 11, o radialista Edílson Dias Lopes, da rádio comunitária Explosão Jovem FM, da cidade de Pinheiros, norte do Espírito Santo, foi assassinado com três tiros em frente a sua residência, segundo dados da Polícia Militar do Estado.

    Os tiros foram disparados por dois homens que se aproximaram do radialista em uma moto. O motivo do crime ainda não foi esclarecido.

    A escalada da violência prosseguiu na noite de quinta-feira, 13, quando o proprietário do jornal Panorama Regional, Pedro Palma, também foi morto a tiros em frente a sua casa. Segundo a polícia, duas pessoas em um moto atiraram contra o jornalista. Ninguém foi preso.

    Na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o cinegrafista da TV Cabo Mossoró, TCN Canal 10, José Lacerda da Silva, de 50 anos, foi assassinado na noite de domingo, 16.

    Segundo a Polícia Militar, o profissional foi atingido por vários disparos nas proximidades do supermercado Queiroz, no bairro Belo Horizonte. Ainda não há suspeitos para o crime

    Em todos os casos, a Abert reagiu pedindo investigação e punição dos criminosos. "O crescimento das estatísticas de violência nos últimos anos vem nos preocupando. Em 2013, registramos aumento de 166% nos casos em relação ao período anterior. 2014 começa e mostra que é preciso reagir. Não podemos tolerar a violência e a impunidade deve ser combatida", afirma Slaviero.

    Caso Santiago - A Polícia do Rio de Janeiro já prendeu dois jovens suspeitos de envolvimento no crime, Fábio Raposo, e Caio da Silva Souza. Eles foram identificados em imagens de televisão e fotografias acendendo e posicionando o artefato no chão, próximo ao cinegrafista.

    No mesmo dia da morte de Santiago o presidente da entidade, Daniel Slaviero, solicitou audiência ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o que aconteceu na terça-feira, 11 (Leia matéria sobre os resultados da audiência neste informe).

    A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) manifestou consternação com o aumento da violência contra profissionais de imprensa no país. Em nota, lembrou que “é dever do Estado prevenir e investigar essas ocorrências,  a fim de punir os responsáveis que violam o direito da liberdade de expressão”.

    Assessoria de Comunicação da Abert



    De outubro de 2012 a outubro do ano passado o Relatório de Liberdade de Imprensa da Abert registrou 136 casos, sendo 6 mortes. Neste ano, já somam nove ocorrências.

    Crédito da foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

     

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