O diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, foi um dos convidados da série de webinários comemorativos dos 45 anos da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). Durante sua participação, nesta quinta-feira (16), ele celebrou as mais de quatro décadas de atuação da entidade paranaense e analisou os rumos da radiodifusão no período pós-pandemia. Diretor geral do Grupo Maringá de Comunicação, Alexandre Barros também foi entrevistado no encontro online.
Segundo Flores, a expansão de negócios requer a união e consenso entre radiodifusores, e também entre o setor e as entidades que o representam nos âmbitos regional e federal. Somente uma participação ativa de todos os estados, defendeu, poderá representar com fidelidade os diferentes contextos vividos pelas emissoras.
“A relação é uma via de mão dupla. Associações estaduais fortes demandam ações da entidade nacional e têm ganhos competitivos em relação aos outros estados. A instância nacional depende da boa interlocução entre as representações locais e os radiodifusores, para que as ações avancem”, explicou.
Para o diretor geral da ABERT, as associações têm, entre uma das missões, a capacitação dos profissionais do segmento. Para isso, a ABERT prepara medidas de orientação para as empresas de comunicação e iniciará, no fim do mês, uma série de encontros virtuais para debater temas relacionados à radiodifusão, envolvendo o período pós-pandemia.
Outra necessidade do setor, acredita, é o desenvolvimento de estratégias que ajudem a aproximar as emissoras da juventude. Como medida de destaque nessa direção, Flores mencionou a rede AERP Jovem, criada por Barros durante sua gestão à frente da Associação.
De acordo com Barros, é preciso uma maior integração entre os representantes do segmento em todo o país para que, juntos, construam o futuro do negócio. “O que queremos que o rádio seja daqui a dez anos? É preciso fazer pesquisas, buscar financiamento, desenvolver novas tecnologias, apresentar ao mercado e estimulá-lo a consumir”, reforçou.
Apesar dos desafios diante da radiodifusão, o empresário revelou que o crescimento da audiência, relevância e confiança do consumidor já vinham crescendo, em nível global, mesmo antes de a pandemia de COVID-19 emergir. “Rádio é coração, sensibilidade, amizade, família. Quando a crise passar, o rádio sairá mais forte, pronto para retomar a curva de crescimento das receitas”, opinou.