Em manifesto enviado na quarta-feira (24) às mais de 17 mil emissoras de rádio e TV das três Américas afiliadas à entidade, a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) destacou o papel fundamental da imprensa em tempos de emergência sanitária global, permitindo que a população acesse, de forma livre e gratuita, informação atualizada e entretenimento. O documento reforçou ainda a importância da imprensa livre e a necessidade de entidades públicas e privadas ajudarem emissoras de rádio e televisão a atravessar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
A AIR destaca o esforço dos veículos para dar voz às autoridades, realizar campanhas solidárias e de conscientização, abrindo espaços de debate e disseminação de conhecimentos, atuando como “muros de contenção de informações falsas”. Segundo a AIR, os altos níveis que veículos de radiodifusão vêm conquistando durante a pandemia de COVID-19 confirmam o valor que a audiência dá às emissoras de rádio e TV como auxiliares na administração da rotina.
O esforço, prossegue o texto, ocorre em período de menor investimento publicitário e, consequentemente, de menos recursos disponíveis no setor, o que coloca em risco diversos canais de comunicação de todo o mundo. “Diante dessa situação imprevisível, e de força maior, é necessário que governos e organismos internacionais adotem medidas urgentes para assegurar o funcionamento e preservar a independência desses meios”, salienta.
Dentre as medidas citadas, estão a ampliação de investimentos oficiais, o alívio da carga regulatória, a criação de linhas de crédito especiais para o setor, além de prazos mais largos para o pagamento de tarifas e tributos. A AIR reforça ainda que o apoio de empresas privadas relacionadas ao setor é imprescindível para o funcionamento, a existência e a continuidade dos meios de comunicação.
A AIR considera, ainda, fundamental para o funcionamento, a existência e a continuidade dos meios de comunicação, o apoio do setor privado vinculado à radiodifusão, como instituições financeiras, que possam conceder crédito com regras mais flexíveis, de anunciantes e agências, para investir no setor, e também de sociedades de gestão coletivas de direito, para rever tarifas e financiar pagamentos.