Durante o encontro do SET Sul Regional 2016, que aconteceu nos dias 31 de maio e 1º de junho, em Porto Alegre (RS), o atual momento do processo de migração do AM para o FM foi destaque.
O engenheiro e líder do comitê técnico da AESP/SET, Eduardo Cappia, e o gerente técnico de infraestrutura da RBS, Cauê Franzon, discutiram os aspectos técnicos e jurídicos do processo.
Cappia atualizou os números da migração AM/FM no país e destacou que existem 1.781 canais de AM para ser regularizados. Segundo ele, é necessário que os radiodifusores entendam a importância da classe de suas emissoras. Uma mesma emissora precisaria de 100kw se instalada no centro de uma cidade, mas, apenas 2kw para funcionar na serra.
“É preciso otimizar a instalação, com a máxima eficiência energética e aplicação de ferramentas digitais de cobertura”, disse o engenheiro.
Para Cauê Franzon, o rádio é um meio de comunicação muito importante para os brasileiros: cerca de 70% das residências brasileiras possuem o aparelho e o público ouvinte é, em sua maioria, feminino.
“A classe C é a que tem a maior distribuição e penetração no rádio. Os conteúdos precisam ser pensados a partir desses aspectos. No Rio Grande do Sul, existem mais de 900 emissoras AM e FM, sendo 400 delas AM”, afirmou Franzon.