Uma mobilização nacional, com o objetivo de alertar a sociedade brasileira sobre as dificuldades que os jornalistas enfrentam no exercício da profissão, lembrou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado em 3 de maio. Promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, (Unesco) e o Instituto Palavra Aberta, com o apoio de várias organizações da sociedade civil, entre elas a ABERT, a campanha “Jornalismo sob cerco digital: a era digital e o impacto na liberdade de expressão, na segurança dos jornalistas, no acesso à informação e na privacidade” chamou a atenção para o valor e o papel essenciais de uma imprensa livre e independente.
Na terça-feira (3) pela manhã, um tuitaço mobilizou a rede social, enquanto peças publicitárias foram divulgadas nas mídias sociais e sites das entidades parceiras.
Em outra iniciativa, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e dez organizações da sociedade elaboraram uma carta convocando o Congresso Nacional e autoridades brasileiras a defenderem a liberdade de imprensa nas eleições deste ano.
O documento enfatiza a relevância do trabalho dos jornalistas e veículos de imprensa no contexto eleitoral e pede aos candidatos que se abstenham de instigar ataques ou mover ações judiciais contra comunicadores.
Em Punta Del Este (Uruguai), a Conferência Global do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, contou com a participação de jornalistas, formuladores de políticas públicas e representantes da mídia, entre os dias 2 e 5, em debates sobre as possíveis ações para enfrentar o aumento de violações à liberdade de imprensa e de expressão.
No discurso de abertura, a diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay, destacou que, em um mundo cada vez mais tecnológico, é necessário investir prioritariamente em educação midiática e informacional. “Precisamos formar cidadãos mais críticos, conscientes do funcionamento do ambiente informacional e conhecedores do valor da imprensa para a democracia”, disse Azoulay.