O Google e o governo do Canadá chegaram a um acordo na disputa sobre a Lei de Notícias Online, que permitirá à gigante de tecnologia continuar a compartilhar notícias canadenses online em troca de a empresa fazer pagamentos anuais a veículos de comunicação na faixa de US$ 100 milhões.
O acordo aconteceu três semanas antes das regras da nova lei entrarem em vigor.
A notícia foi confirmada pelo ministro do Patrimônio, Pascale St-Onge, na quarta-feira (29).
“Muitos duvidavam que teríamos sucesso, mas eu estava confiante de que encontraríamos uma maneira de resolver as preocupações do Google”, disse a repórteres, em Ottawa.
O governo federal estimou no início deste ano que a compensação do Google deveria totalizar cerca de US$ 172 milhões. O Google estimou o valor em US$ 100 milhões.
Negociações simplificadas
Junto com as demandas financeiras, o Google expressou preocupação sobre o que o porta-voz Shay Purdy chamou de “questões estruturais críticas” com a Lei de Notícias Online, também chamada de Projeto de Lei C-18.
A empresa disse que não teria um modelo de negociação obrigatório imposto a ela para negociações com organizações de mídia canadenses, preferindo lidar com um único ponto de contato.
Os novos regulamentos permitirão ao Google negociar com um único grupo que representaria todos os meios de comunicação, permitindo à empresa limitar o seu risco de arbitragem.
O Google chegou a ameaçar bloquear o conteúdo de notícias canadenses em suas plataformas como resultado da legislação, mas ao contrário da Meta, que encerrou as negociações com o governo no verão passado e parou de distribuir notícias canadenses no Facebook e Instagram, o Google não bloqueou notícias no Canadá.
O primeiro-ministro Justin Trudeau disse que o acordo era “uma notícia muito boa”.
"Depois de meses nos mantendo firmes, demonstrando nosso compromisso com o jornalismo local, com jornalistas independentes fortes sendo pagos por seu trabalho... o Google concordou em apoiar adequadamente os jornalistas, incluindo o jornalismo local", disse ele.
*Com informações da NAB