A normatização e as matrizes tecnológicas que irão nortear a política pública para a implementação da chamada TV 3.0 foram pauta da reunião entre a ABERT e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, na quarta-feira (25), em Brasília.
Para o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, a chegada da nova geração de televisão digital no país é de fundamental importância para a TV aberta se manter competitiva e forte. Segundo Lara Resende, a TV 3.0 representará um salto tecnológico e uma mudança radical na forma de consumir televisão aberta, acompanhando a revolução que a internet 5G causará nos diversos setores e segmentos da sociedade.
“A TV 3.0 contará com alto padrão tecnológico, como vídeo em UHD, integração completa do broadcast e broadband, segmentação geográfica de conteúdo e de perfil de usuário via IP, além de incorporar recursos da TV 2.5 e proporcionar a possibilidade de novos modelos de negócios, todos necessários para acompanhar as mudanças tecnológicas e os hábitos de consumo da sociedade”, afirmou.
Lara Resende destacou ainda que a TV digital está presente em 79,5% dos 72,9 milhões de lares brasileiros, oferecendo, gratuitamente, uma programação variada e com qualidade.
"Essa tecnologia disruptiva vai além de promover uma melhor experiência de imagem e som para o usuário. Passa, principalmente, pelo interesse público de garantir acesso à informação e inclusão digital para todos os brasileiros", afirmou o ministro.
Também participaram da reunião, o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flôres, o diretor de Tecnologia, Luiz Abrahão, o diretor de Assuntos Legais e Regulatórios, Rodolfo Salema, os conselheiros da Associação, Paulo Tonet Camargo e Roberto Franco, além do coordenador do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), Luiz Fausto, e de representantes da Abratel.
“A TV será muito mais dinâmica e conectada à internet, fazendo, por exemplo, com que aquele modelo de canais de TV aberta em que aparece número por número, seja substituído por uma navegação por aplicativos, com muito mais possibilidades de exibição de conteúdos”, explicou o secretário de Comunicação Social Eletrônica do MCom, Wilson Wellisch.