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Luiz Gustavo Pacete | 29/08/2012
Consultado por IMPRENSA, Benoit Hervieu, chefe da seção “Américas” da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), destacou que ainda que o Brasil tenha contabilizado aumento de mortes de jornalistas em 2011, o país tem se esforçado na luta contra a impunidade. “Percebo isso pela investigação que está sendo feita na morte do blogueiro maranhense Decio Sá”.
Hervieu reforça que México, Honduras e Colômbia continuam como os países mais preocupantes quando o assunto é perigo para profissionais de imprensa. “Existem países que nos preocupam pela questão segurança e outros pela polarização entre governos e mídia, dos quais eu ressalto Venezuela e Equador”.
O Chile também é um país que vem aparecendo nos relatórios da RSF. O país chamou a atenção da entidade em função do número de jornalistas em perigo nos protestos de estudantes. “O Chile sofre da ausência de pluralismo real ligado à concentração dos veículos de comunicação, a falta de acesso de rádios comunitárias e desigualdade de acesso à informação, problemas que o Brasil conhece bem”.
Já são 37 os jornalistas mortos no mundo
De acordo com números divulgados periodicamente pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) no Barômetro da Liberdade de Imprensa 2012, 37 jornalistas foram mortos no mundo até o mês de agosto. O levantamento leva em consideração somente casos que tiveram relação entre o ofício jornalístico e a morte comprovada.
O Brasil aparece no ranking com três mortes. Entre elas está a do jornalista Décio Sá que trabalhava para O Estado do Maranhão e morreu no mês de abril. A morte de Paulo Roberto Cardoso do Jornal da Praça e Mário Randolgo, do Vassouras na Net, mortos em fevereiro.
O país com maior número de jornalistas mortos neste ano é a Síria que contabiliza 9 mortes. A Somália aparece com 8 assassinatos e o México com 5 mortes registradas.
Comparado com anos anteriores, o número de profissionais de imprensa mortos já preocupa a entidade, em 2011, nos doze meses foram mortos 67 jornalistas e, em 2010, 57. O pior ano foi o de 2007, quando 87 jornalistas foram mortos pelo mundo.