O diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik, defendeu nesta segunda-feira, 5, em audiência pública realizada pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, a qualificação das polícias, especialmente em relação aos profissionais que atuam em manifestações públicas e em grandes eventos.
O objetivo é acabar com a violência contra os profissionais de comunicação em grandes eventos públicos e coberturas jornalísticas de risco.
Antonik afirmou que as principais ameaças à imprensa vêm do crime organizado e do tráfico de drogas, mas ressaltou que, no último ano, as ações violentas de policiais contra os profissionais da área aumentaram muito.
“Não entendemos que os policiais tenham um propósito contra jornalistas, mas entendemos que não estão preparados para esse cenário [das manifestações] que temos enfrentado no último ano”explicou.
De acordo com dados da Abert, em 2013 houve 136 casos registrados de violação à atividade jornalística, sendo que 105 estão relacionados às manifestações que ocorreram em locais públicos. Segundo ele, a violência partiu principalmente de policiais.
Luis Roberto Antonik também chamou a atenção para a importância de treinamentos para os jornalistas, do aperfeiçoamento da legislação para reduzir a impunidade e da padronização das estatísticas para que a sociedade e os órgãos do governo tenham uma real dimensão das violações.
Com informações da Agência Senado