Em um painel marcado pelas afirmações em defesa da liberdade de imprensa, o ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Edinho Silva, foi questionado, nesta quarta-feira (7), sobre a influência da mídia na população e nas ações do governo federal.
Para ele, não é possível tratar o assunto de forma homogênea, já que existem setores com uma linha editorial contrária ao governo. “Isso faz parte da democracia, mas hoje, com a internet, temos uma gama muito grande de informação e, mesmo, de desinformação.
Penso que as pessoas estão cada vez mais críticas com o conteúdo que chega. Não acho que o governo defina sua aceitação ou não pela postura da mídia. As pessoas aprovam ou não [o governo] pelas questões conjunturais ou mesmo pelos erros e acertos do governo”.
Ele questionou a editoração da informação como forma de transmissão da notícia. “O grande risco hoje da imprensa é a editoração do fato e a sua adjetivação. O público está cada vez mais crítico, com isso, minha preocupação é manter a credibilidade de quem está informando”, disse.
Durante o painel “O panorama da comunicação social e a ordem institucional brasileira” do 27º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília, Edinho Silva disse ser favorável à flexibilização da Voz do Brasil, desde que dentro dos parâmetros legais.
“É preciso que seja definido o horário para a transmissão da Voz do Brasil. Assim, com clareza, manteremos os direitos preservados tanto para o radiodifusor como para o governo.
A Voz do Brasil é um instrumento importante de informação de muitas comunidades distantes que não têm maior interação urbana. Se definida uma faixa de horário e ela for permanente, não sou contra. O que não dá é para A Voz do Brasil ser um dia em cada horário ou ser de madrugada, por exemplo, sem audiência nenhuma”, disse ele.
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