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    Encontro em São Paulo debate o rádio na atualidade

    encontro_rdio_na_atualidade_internaOs prognósticos sobre o fim do rádio, feitos a cada novo meio de comunicação surgido nos últimos 90 anos, estavam errados. Desde a primeira transmissão no país, o rádio manteve sua importância como meio de informação instantâneo, interativo e acessível à maioria da população. A internet e as mídias digitais estão provocando a sua reinvenção.

    A longa trajetória do rádio foi o tema central do bate-papo promovido pela ABERT, em parceria com a Escola Paulista de Propaganda e Marketing (ESPM), nesta quinta-feira, 23, em São Paulo, no lançamento do site www.historiadoradionobrasil.com.br.

    A página, versão eletrônica do livro de autoria da professora Magaly Prado, reúne perfis de emissoras e de profissionais, músicas que marcaram gerações e fatos memoráveis dos 90 anos do veículo no país. “O rádio teve um ganho com as novas tecnologias e se reinventa a cada dia”, disse.

    Durante o encontro, empresários, estudantes e acadêmicos discutiram idéias sobre o rádio nos dias atuais. O diretor-regional da Jovem Pan, Paulo Machado de Carvalho Neto, que assina o prefácio do livro, elogiou o trabalho da professora e observou que o rádio é um veículo que aproxima a população de sua realidade.

    encontro_rdio_na_atualidade_2_internaDiretor-regional da Jovem Pan, Paulo Machado de Carvalho Neto “O rádio é um veículo pessoal e local. É muito mais importante saber sobre um buraco em frente a sua casa do que um trânsito congestionado na Marginal Pinheiros. Com um microfone na mão podemos fazer tudo”, disse.

    O diretor das rádios Eldorado e Estadão/ESPN, Acácio Costa, relatou experiência que pode ser considerada um exemplo do valor do rádio em uma época em que a rapidez da informação é essencial.  Segundo ele, a empresa em que trabalha escolheu as ondas radiofônicas para iniciar sua incursão na convergência de mídias.

    Antes de chegar à redação para editar uma matéria de TV ou digitar o texto para o jornal ou para a internet, os jornalistas entram ao vivo de qualquer parte do mundo para noticiar o acontecimento em primeira mão, no rádio, explicou.

    “Com mais de 600 jornalistas em 18 países, já conseguimos dar pelo rádio muitos furos jornalísticos”, disse. “Não é fácil colocar o cara que escreveu a vida inteira para falar no rádio. Mas, em compensação, o conteúdo que ele disponibiliza naquele momento é único e a experiência tem sido muito boa”, afirmou.

    O presidente da Associação das Emissoras de Rádio e TV de São Paulo (AESP), Rodrigo Neves, destacou que a especialização de rádios em encontro_rdio_na_atualidade_1_internaRodrigo Neves, presidente da AESP nichos é uma tendência. “Temos visto uma mudança em relação ao conteúdo. No mercado norte-americano, por exemplo, há 52 formatos para 15 mil emissoras comerciais, divididos em notícias, esportes, um pouco de religiosos, entre outros temas”, afirmou.

    A concorrência entre programas e profissionais consagrados do rádio foi outro assunto comentado. “Tem mercado pra todo mundo. Mas temos que ser propositivos, buscar estratégias diferenciadas nestes casos”, disse Costa.

    OBRIGAÇÕES - Os participantes também opinaram sobre a possibilidade de o diploma de jornalista voltar a ser obrigatório para o exercício da profissão, a transmissão do programa A Voz do Brasil e do horário eleitoral.

    Carvalho Neto definiu o programa governamental como um “entulho do autoritarismo”. “Certamente era necessário nos anos 40, mas não nos anos 2000, mesmo porque os poderes públicos dispõem hoje de inúmeros meios para informar o cidadão”, afirmou.

    Sobre o horário eleitoral, Costa disse que é preciso repensar o modelo de financiamento para sua veiculação e também o formato dos programas. “É um transtorno para nós. Ali não há um debate democrático”, criticou.

    Já Rodrigo Neves comentou que nos Estados Unidos as emissoras recebem investimento direto para a veiculação do horário político. No Brasil, as emissoras são ressarcidas no pagamento de imposto, o que, para as empresas, não compensa o que receberiam com investimento publicitário e audiência normais, que, nessa época, cai drasticamente.

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