Senador em primeiro mandato, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) visitou a ABERT nesta terça-feira (2). O parlamentar foi recebido pelo presidente Paulo Tonet Camargo, conselheiros e diretores de entidades ligadas à comunicação.
Em entrevista à Rádio ABERT, o senador falou do momento atual da política brasileira e ressaltou que o “país está em um momento propício para fazer as grandes reformas, como a da previdência e a tributária”.
Leia os principais trechos da entrevista. O áudio completo pode ser baixado aqui
Qual a sua visão sobre o atual momento da política brasileira?
É um momento de renovação, acho que as eleições deram um recado muito claro. Nós tivemos uma renovação muito grande no Senado, tivemos uma quebra de paradigma com a eleição do presidente Bolsonaro e uma rejeição de tudo que estava acontecendo no país. Acho que o povo quer o fim do patrimonialismo, o fim desse conluio entre esses empresários corruptos e políticos igualmente corruptos. E acho que é o momento do Brasil fazer as suas grandes reformas, como a da previdência, a política e a tributária.
O senhor acredita que após o debate e aprovação da reforma da Previdência o governo já pode enviar uma reforma tributária para discussão no Congresso?
O Brasil precisa que isso seja feito. Precisamos fazer essas reformas. E quando falamos em governo, é bom lembrar que o governo não é só o presidente da República. O governo também é o Congresso Nacional. O presidente do país não é o único responsável pelos destinos do país. Os senadores, deputados e as pessoas que trabalham nos ministérios são todos responsáveis. E nós temos essa obrigação de fazer as reformas. O natural é que seja uma reforma de cada vez, mas não precisamos demorar um ano para cada. Enquanto fazemos a da Previdência, uma outra equipe já trabalha para as outras reformas, como a tributária. Sobre a reforma da Previdência, ela tem que sair. É muito urgente. Tem estados que não conseguem pagar os funcionários.
Como especialista na área, como o senhor enxerga a educação no país?
A educação no Brasil não precisa de mais leis. As leis que estão aí permitem perfeitamente que se melhore a qualidade da educação. O que precisa é colocar alma e gestão nas escolas, e isso é uma missão dos governadores, prefeitos e do Ministério da Educação.
Um das bandeiras da ABERT é a defesa da liberdade de imprensa e de expressão. O senhor acredita que essas liberdades fundamentais podem estar em risco?
Acho absolutamente essencial que exista a liberdade de imprensa. Eu vivi um período em que a imprensa era censurada. É uma tristeza. Você mata uma nação com censura. A censura é o pior dos mundos, nós temos que ter sim liberdade de imprensa e de expressão. É impossível democracia sem essas liberdades.