O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), que reúne representantes do setor de radiodifusão, fabricantes de equipamentos e acadêmicos, aprovou na segunda-feira (8), as especificações técnicas do Ginga C, software nacional que permite interatividade na TV digital.
Na comparação com as demais versões (Ginga A e B), o Ginga C terá, além de maior capacidade de armazenamento de dados, em especial aplicativos e arquivos multimídia, uma estrutura de hardware com suporte de conexão à internet.
Agora as especificações do Ginga C serão colocadas em consulta pública pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), por 60 dias, para então serem incorporadas aos conversores de TV que serão distribuídos aos 14 milhões de beneficiários do Programa Bolsa Família.
“Por meio de um complemento opcional, o Ginga C dará maior capacidade de armazenamento para o set-top box. Dessa forma terá mais espaço para manter os aplicativos residentes e para baixar mais conteúdo. É o primeiro passo para uma real integração da radiodifusão com a internet”, disse o presidente do SBTVD, Roberto Franco.
A escolha do modelo de conversor digital para distribuição às famílias carentes foi aprovada no último mês pelo Gired, o grupo de implementação da TV digital. Os aparelhos serão custeados com parte dos R$ 3,6 bilhões destinados ao ressarcimento à radiodifusão pela desocupação da faixa de 700 MHz.