“O futuro do jornalismo não está apenas nas mãos dos jornalistas, associações e empresas. É uma questão, um problema de toda a sociedade, está nas mãos do povo”. A conclusão é do presidente da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), Younes Mjahed, ao destacar, durante encontro internacional, que, para se obter informação qualificada sobre a Covid-19, a sociedade não procurou as redes sociais, mas, sim, os meios de comunicação tradicionais.
Na conferência “O Futuro do Jornalismo, Jornalistas e suas Organizações: Onde Vamos”, promovida pela Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP), Mjahed ressaltou que os jornalistas enfrentam uma "contradição”. Apesar de também terem sido impactados pela crise econômica provocada pela pandemia, os profissionais e veículos de comunicação se veem no protagonismo da produção de informação verificada, ganhando cada vez mais a confiança dos espectadores.
Segundo o Colégio de Jornalistas de Lima, a pandemia provocou a morte de 46 jornalistas e outros profissionais de comunicação peruanos. O Peru é o sexto país do mundo com maior número de contágios de Covid-19, com mais de 350.000 casos e mais de 13.000 mortes.