Em nova rodada de debates, desta vez promovida pela Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação (SOR) da Agência Nacional de Telecomunicações, representantes do Ministério das Comunicações (MCom), Anatel e da radiodifusão discutiram, nesta sexta-feira (23), o futuro da TV digital e do setor no Brasil.

O diretor-geral da ABERT, Cristiano Lobato Flôres, reforçou os compromissos do setor e apresentou dados que permitem traçar um panorama dos hábitos de consumo da população brasileira. O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, abordou a importância da remuneração do conteúdo jornalístico pelas plataformas digitais e lembrou que há outras formas de apropriação que são utilizadas.

O superintendente da SOR, Vinícius Caram, reafirmou o compromisso de permitir que a evolução tecnológica em debate aconteça, de fato, do ponto de vista de espectro, equipamento e certificação.

“É importante a Anatel, o governo e o setor saberem o papel da radiodifusão, que também tem avanços tecnológicos. Não se pode dizer que a radiodifusão está sendo enfraquecida ou tem um futuro a ser reduzido. Pelo contrário, estamos falando da TV 3.0, que vai modernizar e permitir e conexão integrada”, pontuou.

Para Wilson Diniz Wellisch, secretário de Comunicação Social Eletrônica (Secoe) do MCom, a expectativa é de que a implementação aconteça em um futuro breve.

“O primeiro passo para a gente estabelecer essa nova tecnologia foi a publicação de um decreto da Presidência da República trazendo as diretrizes e estabelecendo prazos para que o MCom, o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério da Fazenda e a Anatel definam os parâmetros para a implantação. Assim, até o final de 2024 estaríamos aptos a propor para o país e para a população esse novo modelo de TV, que casa conectividade com a TV aberta”, avaliou.

O presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, ainda apresentou como será a implementação e como se dará o desenvolvimento da TV 3.0 no Brasil. Barros alertou sobre a importância da TV aberta no país e mencionou que 73% do consumo de mídia em janeiro deste ano aconteceu na plataforma de TV aberta.

O palestrante observou que a internet tem um importante papel no cardápio de consumidores e que o país está inserido em um ambiente de inovação tecnológica, com o aumento na quantidade de novas formas de consumo.