Com o objetivo de combater as violações de Direitos Humanos na internet, o governo federal lançou, nesta terça-feira (7), a campanha “Humaniza Redes – Compartilhando Respeito”.
A iniciativa coordenada pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) busca levar aos mais de 80 milhões de internautas brasileiros um ambiente virtual livre, democrático e seguro.
Uma das medidas é a criação do site – www.humanizaredes.gov.br – no qual as pessoas poderão fazer denúncias de abusos e discriminação na internet e ter acesso a serviços públicos que possam orientar sobre os diversos tipos de violação, semelhante ao disque 100.
Ao ressaltar a importância de se “abraçar” a campanha, a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, citou a participação de entidades como a Abert.
“Agradeço às empresas provedoras de internet, órgãos públicos e várias entidades, entre elas a Abert, que apoiaram a iniciativa do governo e que se comprometeram a ajudar a espalhar essa campanha para todo o país”, disse Ideli, lembrando o convênio MEC/ABERT, que permite às emissoras associadas substituir 5 horas semanais obrigatórias por 5 minutos diários de veiculação de programas educacionais.
A ministra destacou, ainda, que a campanha é baseada em três eixos: prevenção, recebimento de denúncias e educação. Ideli Salvatti afirmou que essas ações ajudarão, principalmente, no combate à violação aos direitos das crianças e adolescentes, citando como exemplo a pornografia infantil.
“Temos que saber que se é crime off-line é também crime on-line. A regra social que deve ser respeitada na rua deve ser respeitada também na rede. Até porque a diferença entre as duas situações é cada vez mais tênue”, disse.
Para a presidente Dilma Rousseff, um dos grandes desafios do governo e de toda sociedade é tornar a internet um local de “humanidade”, com respeito e valorização das pessoas. Segundo a presidente, isso “infelizmente não vem ocorrendo, já que a internet muitas vezes é usada como “palco” para publicações de mensagens de discriminação e preconceito”.
A campanha terá a participação de outros ministérios, como Educação, Justiça e Comunicações. Além da campanha no ambiente virtual, rádios e televisões, haverá a distribuição de uma cartilha educativa nas escolas públicas.