Na tarde desta quinta-feira, o mídia.JOR reuniu também Ariel Palacios, correspondente de O Estado de S. Paulo e da Globo News; Mílton Jung, âncora da rádio CBN; e Shasta Darlington, correspondente da CNN no Brasil, para debater o tema "Mídia eletrônica: os desafios da informação globalizada em rádio e TV" no Painel Diálogos VII. A discussão foi moderada por Thaís Naldoni, gerente de Jornalismo de IMPRENSA.
Shasta Darlington começou falando da atuação da CNN dentro e fora dos Estados Unidos. Com as transformações no jornalismo, a emissora também teve que se transformar. "O mundo mudou muito, então a CNN também tinha que mudar". Essa mudança foi observada principalmente nos canais que a emissora abriu para a participação de seu público, como o "iReport". "Nosso alcance explodiu com essa plataforma", afirmou Shasta.
Ariel Palacios seguiu o debate criticando os jornalistas que ainda se apegam ao passado, quando, na verdade, estamos vivenciando uma mudança. "Hoje em dia, os jornalistas têm que fazer de tudo", considerou Palacios. "Alguns jornalistas ficam nas discussões velhas. Esses profissionais, infelizmente, não estão pensando como sobreviver e como se adaptar", acrescentou.
O correspondente do Estadão e da Globo News argumentou que os profissionais de imprensa devem se "preparar para esse cenário multimídia" que vem se configurando e, nesse sentido, a colaboração do público pode ser positiva. "Essa possibilidade de conversar com a audiência é muito interessante, é um conversa que fortalece o jornalismo", disse. No entanto, essa novidade traz mais um desafio. "Agora, somos jornalistas 24 horas, porque às 23h, por exemplo, podemos receber uma mensagem de um internauta. Com isso, deixamos de ser jornalistas com horário fixo", disse Palacios.
Milton Jung, por sua vez, falou sobre sua experiência em diversos tipos de veículos de comunicação, focando o rádio, que é o meio ao qual ele tem se dedicado nos últimos anos. "Falar sobre globalização envolvendo rádio já é desafio", ressaltou Jung. "Hoje, somos ouvidos por todo mundo, porque a emissora está transmitindo na internet. Essa, para mim, foi a maior revolução", considerou.
O âncora da CBN prosseguiu sua fala mencionando a relação entre jornalistas e ouvintes, no caso do rádio. "Com as novas tecnologias, a interação com o ouvinte é maior ainda. E isso é fundamental no jornalismo", afirmou. "Nós jornalistas ganhamos um grande parceiro, porque nossas fontes se ampliaram. Não dependemos mais de fontes oficiais", destacou Milton Jung. "O jornalista ainda é fundamental como mediador de todas essas mudanças. Se não estivemos prontos para isso, nossa profissão entrará em extinção. Mas acredito que estejamos nos movimentando para entender essa época", concluiu o jornalista.
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