Nesta segunda-feira, 5, foi retomado o julgamento de Fábio Raposo e Caio Silva, acusados de terem provocado a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, durante manifestação, no Rio de Janeiro, no mês de fevereiro.
No entanto, poucos depoimentos foram realizados, já que o novo advogado de defesa de um dos acusados pediu a suspensão da análise do caso para se inteirar do processo.
A mãe de Fábio Raposo, Marise Raposo, foi uma das que prestou depoimento. Ela negou que o filho recebesse dinheiro para participar de protestos.
Além de Marise, foram ouvidos um policial militar, dois peritos da polícia civil e uma amiga da família de Fábio.
Essa foi a segunda audiência do caso. No primeiro encontro, realizado em abril, 17 testemunhas de acusação prestaram depoimentos. A continuação da audiência será retomada no dia 16 de maio.
Fábio Raposo e Caio Silva respondem pelos crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo.
Caso
Santiago Andrade morreu no dia 10 de fevereiro após ter sido atingido na cabeça por um rojão disparado durante um protesto contra o aumento de passagens do transporte público da cidade do Rio de Janeiro.
Após reação da Abert e das demais entidades representativas de comunicação, o Ministério da Justiça criou um grupo de trabalho para buscar soluções para a escalada de violência contra jornalistas e veículos de comunicação no país.
Entre as ações previstas estão adoção de um manual de procedimentos para as polícias, treinamento sobre situações de conflito para policiais e profissionais de imprensa; e a criação de um observatório para monitorar casos de violência contra a mídia.
Assessoria de Comunicação da Abert