A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concluiu, nesta sexta-feira (5), o leilão do 5G, com a licitação dos lotes da faixa de frequência 26 GHz. As empresas vencedoras terão que levar internet de qualidade às escolas de educação básica do país.
Na quinta-feira (4), as três maiores operadoras de telefonia móvel do país, Claro, Vivo e Tim, arremataram as principais faixas. A frequência de 3,5 GHz, que permitirá velocidades até cem vezes mais rápidas que as do 4G, foi separada em quatro lotes. Três deles receberam propostas: o primeiro lote foi arrematado pela Claro por R$ 338 milhões; o segundo lote recebeu a proposta de R$ 420 milhões da Vivo e o terceiro lote, de R$ 351 milhões, da Tim.
Uma nova rodada de leilões com as sobras poderá ser realizada pela Anatel. Para a tecnologia 5G, serão destinados 3.610 MHz de espectro. O primeiro dia de leilão envolveu propostas para as faixas de 700 MHz, 3,5 GHz e 2,3 GHz, com lances que chegaram a R$ 7,1 bilhões. Outras seis empresas participaram do leilão.
De acordo com o edital de licitação do 5G, as empresas vencedoras terão que cumprir contrapartidas para o uso de cada uma das faixas. Uma delas é a obrigatoriedade de migração do sinal da TV parabólica (TVRO) da atual Banda C para a Banda Ku, solução técnica defendida pela ABERT, por ser a única considerada definitiva para as interferências.
Para a realização da migração, serão destinados aproximadamente R$ 2,8 bilhões para a aquisição e distribuição de equipamento que permita a recepção do sinal de TV aberta e gratuita transmitido na Banda Ku, incluindo uma antena de recepção, o serviço de instalação e seus acessórios, e configuração do equipamento de recepção. A medida contemplará 8,6 milhões de beneficiários do Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal.