O presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) e vice-presidente da ABERT, Roberto Cervo Melão, foi convidado a abrir o ciclo de debates promovido pela Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI). Realizado na terça-feira (1•), o encontro online celebrou o Dia da Imprensa e contou com a participação da presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga.
Durante o debate, Melão reforçou a preocupação com as empresas de radiodifusão, que estão sofrendo com a perda de receita publicitária durante a pandemia. “Enquanto não houver eventos que aumentem o faturamento, empresas continuarão fechando. Institucionalmente, estamos muito preocupados com a manutenção dos empregos”, defendeu.
Maria José, por sua vez, defendeu a inclusão da categoria de jornalistas no grupo prioritário para a vacinação contra a COVID-19. Em março do ano passado, a imprensa foi considerada serviço essencial durante a crise sanitária. “Em geral, a imprensa vem cumprindo papel informativo e também educativo, enfatizando medidas individuais e coletivas de proteção contra a doença”, ressaltou.
Em defesa da segurança dos profissionais da imprensa, Melão destacou dados do Relatório da ABERT sobre Violações à Liberdade de Expressão 2020, publicado em março. Foram registrados 150 casos de ataques e agressões contra 189 jornalistas e veículos de comunicação. No ambiente virtual, o estudo contabilizou seis agressões por minuto.
“Uma imprensa livre e plural, que fiscalize os poderes constituídos, é fundamental para a democracia brasileira, conquistada a duras penas. O jornalismo profissional tem um papel fundamental na preservação das conquistas civilizatórias de convivência e tolerância com as mais diversas opiniões e visões de mundo”, afirmou.