A Copa do Mundo e as Olimpíadas vão garantir montantes mais generosos no mercado publicitário até 2016. O faturamento com ações de mídia deve chegar a R$ 70 bilhões, um aumento de quase 80% em relação aos investimentos do ano passado, que chegaram a R$ 37, 2 bilhões.
A estimativa é do Grupo Mídia de São Paulo e consta no Mídia Dados 2012, lançado nesta semana durante o V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação.
O mercado crescerá com mais empresas anunciantes, inclusive de novos seguimentos, mais veículos de comunicação e mais consumidores, “ávidos por produtos e serviços, em mercados espalhados por todo o país”, analisa o grupo, que reúne mais de mil profissionais do setor.
TV
Mesmo diante da concorrência de outros meios, a TV aberta amplia a sua participação nas verbas publicitárias. De acordo com o Projeto Inter-Meios, a TV cresceu 9,2% em 2011, alcançando uma participação de 63,3%, o maior nível alcançado desde o início do estudo. A média de crescimento do mercado ficou em 8,5.
Especialistas do grupo creditam os resultados à entrega viabilizada pela TV para anunciantes de todos os portes e segmentos, em todas as regiões do país, correspondendo ao aumento do poder aquisitivo dos consumidores.
“A programação de TV preserva a sua condição de polo gerador de audiência, inclusive em outros meios, e os jovens seguem tendo a TV como o seu hub de comunicação, por mais que tenham acesso a outros aparelhos”.
A demanda por espaços comerciais nas emissoras locais tem sido tão grande que os executivos chegam a temer um apagão nos próximos anos. Em paralelo, cresce a demanda do mercado pelos formatos diferenciados, geralmente envolvendo conteúdo.
Rádio
O aumento do poder aquisitivo da classe C tem atraído para as emissoras de rádio novos segmentos de anunciantes, como os de saúde, educação e franquias, por exemplo.
Para atrair novos anúncios, diversas emissoras usam projetos especiais. Há, por exemplo, ações publicitárias nas ruas, eventos, cross media e o própria diversificação do portfólio das rádios. Em algumas emissoras, 30% do faturamento já é obtido a partir desse tipo dessa estratégia.
O meio computou R$ 1,13 bilhão de faturamento em 2011 e cresceu 3,28% sobre 2010, de acordo com dados do Projeto Inter-meios, que reflete a realidade de uma parte do mercado.
O público não deixa de acompanhar a rádio de sua preferência, mesmo que ouça pela internet ou monte sua programação e quer interagir com ela, avalia o estudo.
De acordo com o Mídia Dados, permanece, no entanto, a dificuldade de se conseguir reunir um maior número de emissoras declarando seu faturamento.
Assessoria de Comunicação da Abert com informações do Grupo Mídia de São Paulo