A nova cara do mercado publicitário foi tema de debate de mais uma edição do ciclo virtual de debates AESP Talks, realizado na quarta-feira (7), que teve como convidado o CEO da agência publicitária WMcCann Hugo Rodrigues. O conselheiro da AESP, Acácio Luiz Costa, também participou do encontro, que contou com a mediação do presidente da entidade, Rodrigo Neves.
Um dos temas abordados foi o papel das redes sociais na tomada de decisões de consumo e na formação de opiniões, por meio dos “rastros digitais” deixados pelos internautas. “Passamos a depender deles. Você é mais confidente desses rastros do que do seu analista”, afirmou Rodrigues.
Ao analisar o direcionamento das ações promocionais, o publicitário destacou que alguns nichos da sociedade ainda não receberam a devida atenção das marcas, como, por exemplo, as pessoas com mais de 50 anos, a chamada geração baby boom, mulheres e negros. Nem mesmo o mercado de games, que já ganhou adeptos e movimenta cifras expressivas, conseguiu alcançar uma posição de destaque.
Os efeitos da pandemia no setor também mereceram atenção especial. Segundo o convidado, os setores mais atingidos foram varejo, viagem e turismo, veículos, restaurantes e o mercado de alto luxo, que ensaia uma recuperação. Por outro lado, negócios relacionados a comidas prontas, seguros e produtos para casa registraram aceleração.
Na opinião do publicitário, o segmento de agências ficou mais segmentado durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Outra tendência que ficará como legado dessa crise é a adoção de tecnologias. “A tendência atual é a metrificação. Unir tecnologia e criatividade é o ápice”, opina.