“A extinção da faixa AM vai ser um processo natural. Com o tempo, as rádios AM que ficarem, não são poucas, são algumas centenas ainda, elas não vão ter equipamento para manutenção e troca e vão morrendo aos poucos”.
A afirmação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante a abertura de seminário promovido pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), na segunda-feira (11), em São Paulo.
Para Kassab, o importante é dar a oportunidade para quem quer fazer a migração. “O nosso papel é fortalecer a qualidade dos serviços para que os brasileiros cada vez mais contem com uma radiodifusão eficiente. Nós procuramos, consensualmente, antecipar e dar agilidade a essas migrações. Na segunda etapa queremos trazer mais rádios para a migração, tivemos quase 700 rádios que já fizeram a migração e a ideia agora é fazermos mais um lote grande”, espera o ministro.
O encontro “As opções de preservação do conteúdo do rádio na atualidade” também discutiu novas tecnologias e smartphones com chip FM ativado; e a ocupação da faixa estendida em FM (76 a 88 MHz). Segundo o presidente da AESP, Paulo Machado de Carvalho Neto, o Paulito, o setor tem recebido a migração de forma tranquila. “Estamos esperançosos de que essa mudança seja efetivamente algo importante para o setor, porque vai oferecer ao público uma qualidade de áudio muito melhor do que aquela que ele tem hoje. Mas também é necessária uma reciclagem por parte do radiodifusor, não é simplesmente mudar do AM para o FM, é mudar com conteúdo, programação, com perspectivas de estar no mercado bem representado”, ressaltou.
No painel “Migrando a Migração”, o diretor de Rádio da ABERT, André Cintra, fez um balanço do processo de mudança de faixa AM para FM e falou sobre as expectativas de revisão da canalização FM. "Para acomodar os canais na faixa estendida e outros dentro da faixa atual, precisamos alterar o regulamento de FM com urgência. Esperamos que esse processo esteja resolvido em 2018", afirmou ele.
*Com informações da AESP