A migração do rádio AM para a faixa de FM foi tema da palestra do diretor de Assuntos Legais da Abert, Rodolfo Moura Machado, durante o seminário TechDays, nesta terça-feira, 18, em Campo Grande (MS). O evento foi promovido pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Mato Grosso do Sul (Aerms).
Moura explicou que as rádios que operam em grandes cidades terão uma grande melhora na qualidade do áudio. “O som dessas rádios apresenta hoje muito ruído e, certamente, isso prejudica a prestação de serviço e a audiência. Com a migração, a qualidade de som será muito melhor” disse.
Ele também explicou que na maior parte das cidades brasileiras existem canais de FM disponíveis. Em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, onde o espectro já está congestionado, as rádios vão ter que esperar até o desligamento da televisão analógica, quando as concessões serão devolvidas para a União e os canais 5 e 6 serão liberados para as rádios.
O diretor da Abert também disse que a migração será decidida pelo empresário e não será estipulada uma data para que todas as rádios migrem para a frequência FM. Após a publicação da decisão, os empresários terão um ano para fazer a opção e terão que pagar um valor para alterar a concessão ao Ministério das Comunicações. Além disso, os donos de rádio precisarão comprar equipamentos mais modernos.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a previsão é de que em 60 dias será encaminhada proposta de migração à Casa Civil da Presidência da República. Segundo o presidente da AERMS, Rosário Congro Neto, com a migração, o rádio brasileiro passará a produzir uma programação com qualidade sonora de FM. “Não houve tecnologia para que melhorasse o sinal, por isso, a alternativa será a migração para o FM”, afirmou.