Os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, foram agraciados com o Prêmio Nobel da Paz, anunciado nesta sexta-feira (8), em Oslo, na Noruega. Os dois foram premiados pelos esforços para salvaguardar a liberdade de imprensa e de expressão em seus países, "uma condição para a democracia e a paz duradoura".
Apesar de ser considerada surpreendente, a decisão da Academia Real das Ciências da Suécia, organização responsável pelo prêmio anual, foi entendida como um endosso à importância do trabalho jornalístico de modo geral.
Co-fundadora do site de notícias Rappler, Maria Ressa foi condenada a 6 anos de prisão por difamação, após publicação de uma série de reportagens com denúncias sobre a campanha antidrogas do presidente filipino Rodrigo Duteter, acusado de cometer violações contra os direitos humanos.
Já Dmitri Muratov, editor-chefe do Novaya Gazeta, principal jornal russo, foi lembrado por ter se recusado a abandonar a política independente do jornal, mesmo após a morte de seis jornalistas do veículo.
A dupla vai dividir o prêmio no valor de 10 milhões de coroas suecas, equivalente a pouco mais de US$ 1 milhão de dólares.
*Com agências