A disputa por espectro entre as telecomunicações sem fio (banda larga) e os demais setores de telecomunicações estará novamente em discussão durante a Conferência Mundial de Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que acontece entre 28 de outubro e 22 de novembro, no Egito.
Duas das principais empresas de pesquisa em telecomunicações, a Analysys Mason e a Recon Analytics, fizeram estudos que medem a corrida global para a geração 5G e quantificam os benefícios de liderar uma geração de desenvolvimento sem fio.
Uma das principais conclusões é que China, Coréia do Sul e Estados Unidos estão atualmente liderando a corrida, com a China mantendo uma liderança estreita. Outra conclusão é que a perda da liderança sem fio em 3G e 4G teve efeitos negativos significativos a longo prazo nas indústrias de telecomunicações do Japão e da Europa.
A delegação brasileira, chefiada pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Leonardo Euler de Morais e pelo gerente de Espectro, Órbita e Radiodifusão, Agostinho Linhares, defenderá os interesses da radiodifusão com foco na faixa de 470 - 698 MHz. “O principal desafio da radiodifusão será evitar que essa conferência de 2019 inclua na agenda da conferência seguinte – de 2023, que já está sendo preparada – a discussão do uso da faixa de UHF, o que quebraria os acordos conseguidos em 2015”, avalia Paulo Ricardo Balduino, diretor de TV da ABERT.
“Os contendores serão, como sempre, os inúmeros delegados da comunidade da banda larga sem fio. Mas esperamos que toda a preparação feita desde 2015 nos conduzirá mais uma vez a resultados positivos para a radiodifusão”, afirma Paulo Ricardo.