O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) foi homenageado durante a semana na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara pelo período que presidiu o colegiado, em 2013.

A foto do parlamentar compõe agora a galeria dos ex-presidentes da CCTC. Em entrevista à Rádio Abert, o deputado fez um balanço sobre os principais projetos em discussão durante sua gestão e falou das  perspectivas e desafios para o próximo mandato.

Leia os principais trechos da entrevista do deputado Paulo Abi-Ackel:

 Quais foram as principais discussões durante sua gestão como presidente da CCTC?

Debatemos muito a melhoria do serviço de telecomunicações, principalmente com o objetivo de levar sinal da telefonia celular para todos os lugares do país. Na minha gestão, o Marco Civil da Internet foi amplamente debatido e chegamos na construção desta legislação importante que já está em vigor. Outro ponto que destaco foi o trabalho incansável da Comissão na defesa da liberdade de imprensa e de expressão.

É possível defender a liberdade de expressão quando se fala em regulação da mídia?

Cabe ao  Congresso Nacional  resistir,  por meio do debate parlamentar,  na sustentação dos pilares do estado democrático de direito.  Nós temos todas as condições que isso aconteça. Caso em algum momento se tente debater a questão da regulação da mídia, nós, assim como defendemos a internet livre, defenderemos com todas as forças  a plena e ampla liberdade de expressão. Acredito que há no Congresso vários parlamentares de todos os partidos que não aceitarão jamais qualquer tipo de ingerência e de interferência nesse tema.

 O senhor foi reeleito para mais um mandato como deputado, quais serão os seus desafios?

Eu atuo na CCTC, na Comissão de Minas e Energia,  na Comissão de Constituição e Justiça e em várias outras sub-comissões, ou seja, trabalho em todas as frentes. Mas darei mais atenção à CCTC com o objetivo de levar a internet Banda Larga para todas as cidades brasileiras, pois na minha visão, quando falamos em ter uma educação de base de qualidade no Brasil, isso passa um pouco pela capacidade do brasileiro ter acesso à internet. É claro que temos que ter educação em tempo integral e com qualidade, escola técnicas em pleno funcionamento, e a  internet faz parte deste processo de melhoria da qualidade desta educação.