Em visita à ABERT, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) falou sobre temas como os debates da Comissão Senado do Futuro e o trabalho do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, que realizou uma audiência para debater a situação das retransmissoras de televisão.

O parlamentar foi recedido pelo presidente Daniel Slaviero, diretores e conselheiros da entidade.

Leia os principais trechos da entrevista:

O Conselho de Comunicação Social debateu, a seu pedido, a situação das retransmissoras de televisão. Quais são as suas preocupações com as RTVs?
Solicitei a audiência para debater a situação das Retransmissoras, principalmente aquelas que estão instaladas na aérea da Amazônia Legal. Muitos empresários das RTVs dessas cidades vivem uma instabilidade muito grande porque não têm uma licitação definida e não sabem como serão os próximos anos. É preciso que o governo tenha uma atenção com esta situação e que realize novas licitações para as RTVs e também para emissoras geradoras.

O senhor preside a Comissão Senado do Futuro. Quais são os atuais debates no colegiado?
A Comissão tem o objetivo de pensar as futuras ações que o Congresso tem que tomar para promover a cidadania e aproximar a sociedade das discussões e debates que estão acontecendo no país. Atualmente debatemos ações para que o cidadão participe efetivamente do processo do legislativo. Hoje já temos o programa “e-cidadania” onde a população participa de forma direta da proposição de projetos de leis, dando sugestões e ideias para a formulação da proposta. Mas é preciso fazer mais, mostrando aos jovens, por exemplo, que são as decisões políticas que poderão mudar a vida deles.

O senhor acredita que a população está participando mais da política brasileira?
Acho que cada dia está aumentando o interesse do cidadão pela política. Logicamente temos problemas que devem ser resolvidos. Temos que fazer a reforma político-partidária. Não podemos ter 34 partidos como temos hoje. Isso confunde a população. O eleitor não consegue nem entender e definir quais são as questões ideológicas e programáticas de um partido político. Acho que a partir da reforma política, que deve ter a participação da população nas mudanças, o cidadão deverá ter mais interesse na política.

Será realizado nos dias 8 e 9 de dezembro, em Brasília, o Congresso do Futuro. Que temas serão levados à discussão?
O congresso, promovido pela Comissão Senado do Futuro, vai debater vários temas importantes, entre eles, a democracia, a comunicação e o progresso no mundo digital e sustentável. Vamos poder discutir como poderá ser o cidadão do futuro, como o cidadão poderá agir com o avanço da tecnologia, como ele vai lidar com a situação climática, como deve ser a educação do futuro. O importante será debater o crescimento e o futuro do Brasil de forma sustentável. Receberemos especialistas de todo o país e de outros países também, que poderão trazer exemplos e ideias do que está sendo debatido em outros lugares do mundo em relação ao futuro do planeta.