A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Gênero e Número estão mapeando o status da mulher no jornalismo brasileiro. A pesquisa aborda a diversidade de gênero dentro das redações e os eventuais obstáculos que impactam o desempenho e a segurança de repórteres, fotógrafas, editoras ou executivas de mídia. A proposta segue a mesma linha de pesquisas realizadas em outros países, que traçam o status das mulheres na mídia e seus efeitos na cobertura jornalística.
Uma primeira etapa com grupos de mulheres jornalistas já foi realizada. A partir dos dados levantados, foi produzido um questionário online voltado a jornalistas que trabalham em veículos de comunicação.
O questionário é aberto a profissionais homens e mulheres de todo o país com perguntas sobre o ambiente profissional, o perfil e a relação com as fontes, além de questões específicas sobre assédio e desenvolvimento na carreira. O questionário está disponível em https://pt.surveymonkey.com/r/8937N8W.
A coleta de respostas vai acontecer até o início de agosto. Não serão divulgados dados individualizados, de modo a preservar a privacidade dos participantes. Os resultados serão divulgados em setembro. "A ideia é que essa pesquisa produza um diagnóstico e abra espaço para discutir o que é possível fazer para melhorar o ambiente de trabalho e a segurança para as mulheres no exercício profissional", conta a diretora da Abraji Maiá Menezes, que também coordena a pesquisa.