Profissionais de comunicação do jornal Zero Hora divulgaram nesta segunda-feira, 24, um manifesto sobre as ameaças de ataque ao prédio onde trabalham. Segundo o manifesto, “calar a imprensa significa eliminar um canal de troca de informação e debate. Perde a sociedade e perde a democracia”, consideraram jornalistas, editores e fotógrafos do periódico.
Durante as manifestações que ocorreram nos dias 17 e 20 de junho, em Porto Alegre, manifestantes ameaçaram invadir as instalações do grupo RBS, onde funcionam o jornal, a Rádio Gaúcha e o Diário Gaúcho. A Brigada Militar teve de usar bombas de gás e balas de borracha para dispersar os agressores.
Nesta segunda-feira, 24, a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) publicou nota em que reitera “sua grave preocupação pelas ameaças e ataques contra jornalistas e meios de comunicação em diferentes cidades do Brasil, durante as manifestações ocorridas recentemente”.
Para a entidade, é dever dos Estados prevenir e investigar os ataques, punir seus autores e assegurar reparação às vítimas.
Em comunicado divulgado no sábado, 22, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) também exigiu investigação dos responsáveis pelas agressões e ameaças contra jornalistas e meios de comunicação brasileiros.
Na semana passada, a Abert se manifestou contra ataques a profissionais e veículos de emissoras de televisão. Em nota assinada pelo presidente da entidade, Daniel Slaviero, a associação declarou que “atos de extrema violência que buscam intimidar o trabalho da imprensa, configuram grave atentado ao livre exercício do jornalismo e devem ser rechaçados em respeito ao direito à livre informação e à própria democracia”.
Assessoria de Comunicação da Abert