Nos últimos dias, o Brasil acompanha com atenção a destruição e os prejuízos causados pela chuva na Região Sudeste. Em Minas Gerais e no Espírito Santo, dois dos estados mais afetados, a Defesa Civil contabiliza dezenas de mortos e mais de 100 cidades em situação de emergência, com milhares de desabrigados. Aliados em emergências climáticas, o rádio e a TV atuam para reduzir os danos causados pelas tempestades de verão.
Presidente da Associação Mineira de Emissoras de Rádio e Televisão, Luciano Pimenta destaca que, devido às enchentes e alagamentos, a entidade criou, em parceria com o Serviço Social Autônomo (SERVAS), uma campanha de rádio para estimular a doação de alimentos e itens de primeira necessidade em Belo Horizonte (MG). (para ouvir a campanha, clique aqui).
O sucesso da medida foi tanto que moradores de outras cidades decidiram fazer doações. Diante da demanda, a campanha de arrecadação deve ser estendida às demais emissoras do estado.
A calamidade também promoveu uma maior integração entre as emissoras. Durante as 24 horas em que a capital mineira superou seu volume histórico de precipitações, uma rede de radiodifusores se manteve unida, compartilhando por mensagens informações e vídeos enviados por vários ouvintes.
“Conforme as imagens chegavam, checávamos a situação em cada cidade, e assim percebemos diversos registros de tempestades antigas, até mesmo em outros lugares”, destacou Pimenta.
No Espírito Santo, as emissoras de rádio e TV também intensificaram seu papel social. De acordo com o presidente da Associação das Empresas de Rádio e TV do Espírito Santo (AERTES), Fernando Machado, a audiência dos programas regionais vem aumentando sensivelmente e elevando também os níveis de solidariedade.
A coleta de donativos se espalhou por todas as cidades capixabas e, no que depender do histórico, terá forte adesão popular. Em 2013, durante uma enchente que castigou a região, uma rede de comunicação do estado coletou duas mil toneladas de alimentos, doados em 160 carretas.
“Usar os meios essenciais, rádios e TVs, que falam diretamente com a população é a melhor maneira de praticar a linha de comunicação objetiva e fundamentada, para que haja sentimento de pertencimento junto à comunidade”, afirmou.