Sétimo colocado no ranking de produção de energia solar fotovoltaica no país, o estado de Santa Catarina vem investindo cada vez mais na tecnologia. Hoje, já são 20 mil unidades geradoras, segundo as entidades que representam o setor, Absolar e Celesc. Para a ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão), benefícios como economia, retorno rápido, sustentabilidade e durabilidade dos equipamentos têm levado à adesão das emissoras de rádio ao sistema.
A implementação de um sistema exige a elaboração de um projeto prévio, feito por engenheiro ou técnico habilitado, que será analisado pela Celesc, em prazo que varia de 15 a 30 dias, dependendo da complexidade. Após a aprovação e instalação, a obra deve ser vistoriada. “Se estiver tudo ok, nossa equipe substituirá o medidor convencional pelo bidirecional. A partir daí, o cliente estará conectado ao nosso sistema como uma unidade consumidora de micro geração”, explica o gerente da Divisão de Geração Distribuída da Celesc, Ayslan de Souza Ferreira.
No estado, a Rádio Tropical, de Treze Tílias adotou o sistema em 2018 a um custo total de R$ 250 mil. A torre de transmissão, o estúdio da rádio, cinco apartamentos e uma sala comercial recebem energia de uma micro usina solar fotovoltaica. “O resultado é altamente viável. A conta do transmissor era de R$ 5 mil e passou para R$ 400. E ainda fazemos crédito de energia em outras contas da empresa”, comemora o diretor administrativo da emissora, Fernando Lopes de Lima.
Na cidade de Caibi, a Rede Nossa Rádio, composta por sete emissoras, adotou a tecnologia e teve como resultado uma redução no consumo de energia. “O gasto era de R$ 11 mil e caiu para R$1,5 mil”, informou o diretor da Rede, Gabriel Gandolfi.
A Rádio Entre Rios, de Palmitos, investiu R$ 240 mil em uma usina, há dois anos, e viu a fatura de energia ser reduzida em 95%, sem sofrer qualquer instabilidade no sinal. Outras rádios catarinenses também estão em fase de elaboração de projetos com a ampliação do número de placas de captação para abastecimento do sistema. “É uma energia limpa. Nós optamos por uma energia que não afeta o meio ambiente”, defende Olavo Reali, diretor da Rádio Brasil Novo, de Jaraguá do Sul.
Outro benefício destacado é a facilidade de manutenção dos equipamentos de energia solar. “É possível passar mais de um ano sem fazer nenhum reparo, só limpeza. São sistemas extremamente confiáveis e automatizados. E podem ser acompanhados por aplicativos de aparelho celular”, reforça o engenheiro Giliard Paganini, responsável pelo desenvolvimento de projetos de emissoras catarinenses.
*Com informações da ACAERT