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    Relator quer votar marco civil mesmo sem consenso

    Jornal da Câmara
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    INTERNET | Alessandro Molon participou de videochat com internautas; proposta tranca a pauta a partir de segunda-feira

    O relator do marco civil da internet (Projeto de Lei 2126/11, apensado ao 5403/01), deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defendeu ontem a votação da proposta em Plenário mesmo sem consenso. “Há ainda, de fato, contradições. Mas não se pode esperar do marco civil aquilo que não se consegue em praticamente nenhum projeto: o consenso absoluto”, afirmou.



    Molon participou de um videochat, transmitido pelo Portal e pela TV Câmara, e respondeu a perguntas da sociedade sobre o projeto. A pedido da presidente Dilma Rousseff, o texto tramita em regime de urgência e trancará a pauta do Plenário se não for votado até a segunda-feira (28).

    Segundo o relator, o marco civil ainda não foi votado por resistência das empresas de telefonia, proprietárias dos provedores de conexão. “Elas entendem que a neutralidade da rede e a proteção da privacidade limitam seus lucros, e têm razão”, diz Molon.

    “Isso fere interesses. Há uma pressão muito grande desse setor para que o projeto não seja aprovado desse jeito”.

    O princípio da neutralidade de rede busca impedir as operadoras de oferecerem aos usuários pacotes com serviços diferenciados – por exemplo, só com e-mail, apenas com acesso a redes sociais ou incluindo acesso a vídeos.

    Ao ser questionado pelos internautas Rafael e Gael Almada, o deputado explicou que a neutralidade da rede vai garantir a liberdade de escolha ao usuário. “O marco civil não vai proibir a venda de pacotes diferentes para acesso à internet. O marco civil proíbe é que, dentro dos 10 megas que eu pago, a operadora escolha o que eu posso acessar mais rapidamente ou menos rapidamente.”

    Privacidade - Molon foi questionado também sobre a garantia de privacidade dos usuários da internet e ressaltou que a última versão de seu relatório proíbe os provedores de fornecer a terceiros os registros de acessos dos internautas. Hoje esses registros são vendidos, por exemplo, para empresas de marketing direcionado.

    A proposta também proíbe que a navegação do usuário seja gravada e armazenada pelo provedor. “Hoje em dia, tudo o que você clica, acessa, lê e baixa é armazenado. Isso é uma aberração, um perigo”, alertou o deputado.

    Segundo Molon, o marco civil garante que, ao pedir a exclusão de uma rede social, o usuário terá seus dados pessoais excluídos definitivamente. “Os dados são dele, não da rede social”.

    Liberdade - Outro ponto questionado pelos participantes do videochat foi a garantia da liberdade de expressão. Molon afirmou que a proposta não contém nenhum tipo de censura. “O marco civil só vai aumentar a liberdade de expressão na rede, não vai haver nenhum retrocesso”, garantiu.

    O relator explicou a importância de não responsabilizar sites por opinião de terceiros. Ele citou como exemplo o Facebook: pelo marco civil, a empresa só responderá por danos morais após a Justiça determinar a retirada do conteúdo e o site se negar a retirá-lo.

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