Nos primeiros oitos meses deste ano, 31 jornalistas e veículos de comunicação sofreram algum tipo de ameaça à liberdade de imprensa. Três profissionais do setor foram assassinados: um na Bahia, o outro em Minas Gerais e o último caso, no estado do Ceará.
O radialista Gleydson Carvalho, da Rádio Liberdade FM, de Camocim (CE), foi morto a tiros dentro do estúdio, enquanto apresentava programa ao vivo no dia 6. Gleydson era conhecido por denunciar irregularidades cometidas por políticos locais e dizia sofrer ameaças constantes.
Os dados fazem parte do relatório da Abert sobre Liberdade de Imprensa.
O estudo ainda aponta que 14 jornalistas foram agredidos e 7 ameaçados enquanto exerciam a profissão. Ataques a sedes e veículos de empresas de comunicação chegaram a quatro. Houve ainda dois atentados e uma detenção a profissional de comunicação.
O relatório abrange o período de outubro a outubro e é divulgado anualmente na Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR).
Desde outubro de 2014 até a primeira quinzena de agosto, o documento da Abert registrou ao todo 45 casos, sendo 21 agressões a profissionais de comunicação, nove ataques, sete ameaças, quatro atentados, três assassinatos, uma detenção e uma censura judicial. Veja aqui todos os casos.