Representantes da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) seguem reunidos em Buenos Aires nesta segunda-feira, 10, para demonstrar apoio aos grupos de comunicação pressionados pelo governo Argentino.
Estão confirmadas visitas a Asociación de Radiodifusoras Privadas Argentinas (ARPA) e ao Clarín, grupo de comunicação do país, e o maior prejudicado com a possível implantação da Lei de Meios.
Em reunião desde sexta-feira, 7, representantes da AIR declararam em documento que a livre liberdade de expressão e de imprensa são direitos fundamentais para a democracia de um país.
No mesmo documento, a AIR reivindica, em conjunto, com a Comissão Nacional de Proteção da Independência Judicial e outras entidades, a independência do poder judiciário da Argentina, onde o governo usa mecanismos diretos e indiretos de pressão sobre os juízes.
Na última quinta-feira, 6, a justiça argentina, em decisão provisória, prorrogou a medida cautelar pedida pelo Grupo Clarín contestando a constitucionalidade da Lei de Meios. A decisão que impede a aplicação da lei vale até uma sentença definitiva por parte do judiciário. O governo da Argentina recorreu à Suprema Corte do país contra a prorrogação da medida cautelar pedida, determinada por um tribunal de apelações argentino.
A Lei de Meios estipula regras e limites para os grupos de mídia do país. O grupo Clarín, que seria o mais afetado pela implantação da lei, vê a legislação como uma ameaça à independência da imprensa.
Assessoria de Comunicação da Abert