O diretor geral da ABERT Cristiano Lobato Flores foi o mediador do painel “Rádio: a tecnologia a favor do negócio”, no seminário SET Sul, em Curitiba (PR), na quarta-feira (12).
Durante a palestra, Flores ressaltou o dinamismo, a força local e a interatividade do rádio junto ao ouvinte.
“Essas virtudes podem ser potencializadas com os avanços tecnológicos no setor, mas não se deve perder o lado humano do rádio. Se analisarmos pesquisas como XP e IBOPE, elas nos mostram que a população jovem, de 25 a 34 anos, vem consumindo cada vez mais conteúdo radiofônico e isso é fácil de entender devido à credibilidade, análises e comentários de qualidade”, afirmou Flores.
Participaram do debate os presidentes da Associação das Emissoras Radiodifusoras do Paraná (AERP), Alexandre Barros, da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), Marcello Corrêa Petrelli, e o vice-presidente de Marketing da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), Luciano Costa Hoerbe.
Barros apresentou dados que confirmam o consumo de rádio pelo brasileiro. De acordo com levantamento da XP Investimentos, 71% dos entrevistados ouvem rádio em casa, 21% em carros, 12% no trabalho e 7% em movimento (a pé ou de bicicleta, por exemplo). A pesquisa aponta ainda que o rádio é o meio de comunicação de maior credibilidade entre as pessoas: 64%. TV e jornal impresso têm 61% da preferência.
“Nunca tivemos tantos aparelhos de rádios para as pessoas escutarem. Precisamos produzir conteúdos de qualidade e educar o ouvinte para fazer uso das novas tecnologias. Talvez seja o melhor momento do rádio em toda a história. Isso tem que ser feito no ar e com os órgãos reguladores para que as plataformas sejam acessíveis ao nosso empresariado”, disse Barros.
Para Petrelli, o grande desafio das emissoras de rádio é marcar posição perante os consumidores de gerações distintas.
“Os consumidores consomem e julgam de maneira diferente. Então, como reconstruir nossa imagem? Como iremos nos reposicionar? Pois tudo isso influência na credibilidade e confiabilidade dos recursos e dos serviços prestados”, questionou Petrelli.
Já Hoerbe destacou a importância de trazer soluções inovadoras para o segmento e lembrou que até a TV tem feito rádio.
“O rádio é imortal e maleável, consegue aderir facilmente a toda transformação tecnológica. A TV faz rádio”, concluiu Hoerbe.
A simplificação regulatória, o sistema Mosaico, a tecnologia a favor do rádio e as mudanças de hábito dos consumidores de mídia também foram temas em destaque no SET Sul.
*Com informações da SET