Cerca de 200 radiodifusores, representantes do governo e especialistas em comunicação participaram, em São Paulo (SP), do 2º Congresso de Rádio Católica no Brasil, que teve como tema “O rádio em tempos de crise financeira: como sobreviver? Criatividade, eficiência e baixo custo”.
O representante da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Devair Araújo da Fonseca, disse, durante a abertura do congresso, que o momento é propício para novas oportunidades e união entre os profissionais da comunicação. “Os comunicadores são construtores de pontes, em tempos de esperanças e dificuldades. A comunicação tem a missão de construir pontes para a paz”, disse.
O vice-presidente da Rede Católica de Rádio (RCR), Alessandro Gomes, ressaltou que crises são naturais na história do rádio e enfatizou a necessidade de produção de conteúdos que ajudarão no aumento de audiência e estimulará a comercialização de espaços publicitários.“O rádio é nascido na crise e sobrevivente de outras crises. O rádio é um veículo dócil e bom para educar e por isso deve continuar a falar para o povo para que possa continuar a crescer”, disse.
O diretor geral da ABERT Cristiano Lobato Flores participou do painel “Desregulamentação do setor”e ressaltou que a regulação da radiodifusão prejudica a livre iniciativa e gera custos desnecessários ao radiodifusor, engessando as suas operações. “A desregulamentação permitirá, de um lado, que o radiodifusor foque seus esforços e objetivos na qualificação de sua programação e , de outro, permitirá que o regulador desenvolva e implemente políticas públicas vitais para o nosso setor. A desregulamentação está no topo de nossa agenda e apoiamos o MCTIC nas iniciativas que possam eliminar a burocracia e fortalecer o nosso setor”, disse.
O congresso também contou com a presença do secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Elifas Gurgel, que participou do painel “A radiodifusão e seus desafios”.
O secretário apresentou um panorama da migração do rádio AM para o FM, destacou o sucesso da digitalização da TV e, mais uma vez, reforçou que o consumidor deve optar por aparelhos de celular que tenham chip FM desbloqueado.
Sobre as prioridades, o secretário afirmou que trabalhará para “atualizar a legislação com o objetivo de desburocratizar o setor, facilitando a vida dos radiodifusores e tornando o setor ainda mais forte”, disse.